Três anos após o assassinato do arquiteto André Lima Gonçalves Ferreira, o acusado no crime, Luciano Hebert Ramalho dos Santos, de 22 anos, está sendo julgado, no Fórum da Capital, no Barro Duro.
Durante o júri, presidido pelo juiz Geraldo Cavalcante Amorim, a acusação defende a tese de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe. Já o defensor público, Ryldson Martins Ferreira, alega que o réu agiu em legítima defesa.
O salão do 3º Tribunal do Júri foi tomado por familiares e amigos do arquiteto. Eles acompanham o julgamento com camisas, com pedido de justiça.
Acusação
De acordo com o assistente de acusação, advogado Raimundo Palmeira, durante os depoimentos, o réu entrou em contradição sobre o motivo do crime e isto será explorado pela acusação. “Não há possibilidade de legítima defesa uma vez que a vítima foi morta a facadas com golpes nas costas. Após ser atingido, ele caiu de joelhos e não teve chance de se defender. Houve contradição nos depoimentos, pois em dois momentos o réu apresentou motivos diferentes”, disse Palmeira.
Segundo Raimundo Palmeira, Luciano Hebert informou no primeiro depoimento que o crime teria sido motivado por uma dívida de R$ 50. No entanto, a acusação alega que a vítima tinha investido mais de R$ 200 mil em negócio e não tinha motivo para não pagar a dívida de R$ 50.
Em outro momento, o réu informou que o arquiteto era homossexual e teria o forçado a fazer sexo. O advogado explicou que a teoria também cai por terra uma vez que Luciano Hebert é garoto de programa e já teria saído com André Lima algumas vezes.
Defesa
O defensor público, Ryldson Martins Ferreira, conversou rapidamente com o Alagoas 24 Horas e informou que o réu assassinou a vítima em legítima defesa.
Hoje, nenhuma testemunha de defesa foi arrolada. Apenas duas testemunhas de acusação – uma amiga e uma parente da vítima – irão depor.