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Herbário do IMA recebe pesquisador de plantas aquáticas

A equipe do Herbário do Instituto do Meio Ambiente (IMA) recebeu, nesta semana, Danilo Sousa, aluno de doutorado em Botânica na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Na próxima semana, dois alunos de biologia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) também estarão no espaço para fazer pesquisas que auxiliarão na produção de seus Trabalhos de Conclusão de Curso.

Danilo está em Maceió há três dias e já identificou mais de quarenta plantas coletadas pela equipe do IMA. Em sua pesquisa, ele estuda plantas aquáticas da família pontederiaceae e, dentro desse grupo, pretende identificar onde ocorrem essas espécies, além da distribuição geográfica e morfologia.

Assim como em Alagoas, Danilo pretende visitar outras regiões do País para fazer sua pesquisa. Nos herbários, seu trabalho será o de analisar todo o material coletado: “Eu farei o levantamento para os neotrópicos e observarei a distribuição das espécies”, afirma.

Nesta quarta-feira (25), Danilo deu uma palestra para os estagiários e bolsistas de biologia que prestam serviços no herbário. O pesquisador falou sobre todo o trabalho de pesquisa que conseguiu realizar até agora e como ele separa os grupos das plantas, espécies e gêneros.  “Ele também nos deu a dica de como filtrar o lago do herbário, que estava cheio de algas”, diz a curadora da coleção científica do herbário do IMA, Rosângela Lemos.

Segundo Rosângela, as visitas são uma rotina do herbário: “Com a presença dos pesquisadores, nossos bolsistas se sentem mais motivados e tiram todas as dúvidas. Essas atividades são fundamentais para a formação desses jovens”, diz a curadora.

Planta símbolo

A Hydrothrix gardneri Hook.f. é uma planta aquática própria  do bioma Caatinga e, em Alagoas, encontra-se na região de Viçosa, ocorrendo com frequência no rio São Francisco. Danilo Sousa está estudando a espécie e acredita que ela deveria ser a planta símbolo das águas do Nordeste, por ocorrerem apenas em rios e lagoas do semi-árido nordestino. “A hydrothrix é bioindicadora, ou seja, sua presença indica que o ambiente está conservado”, explica.