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Continua julgamento de acusado de atirar contra seguranças de hospital

Dicom/TJ

Julgamento está ocorrendo no Fórum de Maceió

O réu Djaelson Moura da Silva, acusado de tentar matar os vigilantes Damião Alves Vieira e Antonio Mendes Matos no Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA), em dezembro de 2010, no bairro Trapiche da Barra, está sendo julgado nesta segunda-feira (30), no Fórum do Barro Duro, em Maceió. A sessão do Tribunal do Júri é presidida pelo juiz Geraldo Cavalcante Amorim, titular da 9ª Vara Criminal da Capital.

A tese do Ministério Público Estadual (MPE/AL), formulada pelo promotor José Antônio Malta Marques, acusa Djaelson da Silva de tentativa de homicídio sem qualificadoras, já que as vítimas não foram atingidas pelos disparos. Segundo o MPE/AL, ele teria chegado ao hospital com sua companheira para que ela fosse atendida, mas foi informado pelos seguranças de que o caso não fazia parte dos procedimentos médicos da unidade.

Inconformado, Djaelson tentou forçar a entrada, alegando que sua mãe trabalhava no hospital, e terminou danificando a porta principal. Depois disso, ele ameaçou os seguranças e disse que retornaria ao local para executá-los. Cerca de trinta minutos depois da ameaça, ele teria retornado à unidade e efetuado vários disparos em direção aos trabalhadores, que escaparam dos tiros. Damião Vieira se escondeu atrás de uma das ambulâncias e Antonio Matos correu para trás de um muro.

O advogado José Carlos de Oliveira Ângelo disse que o objetivo da defesa é extinguir a punibilidade do réu, já que seu cliente teria agido em estado de desespero, para que sua companheira recebesse atendimento médico. Segundo a defesa, Djaelson também teria sofrido preconceito por estar sem camisa, descalço e alcoolizado.

“Era um dia de sábado e meu cliente estava tomando uma cerveja em casa, como todo mundo faz, quando sua esposa passou mal e ele a levou para receber atendimento médico. Ao chegar ao hospital, ele foi enxotado e empurrado, além de ter sido proibido de entrar sob a mira de armas”, declarou o advogado.

Ainda segundo a defesa, Djaelson não tinha o objetivo de matar os seguranças e que ele teria retornado ao hospital com a arma e atirado apenas para cima. Com isso, caso a extinção da punição não seja aceita, a defesa pretende que o réu seja julgado apenas por atirar em via pública, e não contra as vítimas.

A decisão do Conselho de Sentença deve ser proferida ainda na noite desta segunda-feira (30).