Após trancar piloto fora da cabine, Andreas Lubitz colocou aeronave em modo automático e programou choque contra os Alpes
Investigação francesa mostra que, após trancar piloto fora da cabine, Andreas Lubitz colocou aeronave em modo automático e programou choque contra os Alpes. Na véspera da tragédia, ele pesquisou formas de se suicidar.
Investigadores franceses disseram nesta sexta-feira que os dados da segunda caixa-preta do voo 4U-9525, da Germanwings, confirmam a versão de que o copiloto derrubou deliberadamente o avião nos Alpes franceses.
A caixa-preta foi encontrada na quinta-feira. Ela contém registros de quase todos os instrumentos do avião e reforçam as evidências, já achadas no gravador de áudio do cockpit, de que o copiloto trancou o piloto fora da cabine para cometer suicídio.
“Uma primeira leitura mostra que o piloto na cabine usou o piloto automático para fazer o avião descer a uma altitude de 100 pés (30 metros). Depois, várias vezes durante a descida, ele trocou as configurações de piloto automático para aumentar a velocidade de aeronave”, afirmou em comunicado a agência de investigação aérea francesa (BEA).
O resultado preliminar da análise é mais um indício de que o responsável pela tragédia qeu matou 150 pessoas é o alemão Andreas Lubitz, de 27 anos. Na quinta-feira, uma investigação paralela em andamento na Alemanha mostrou que ele pesquisou na internet formas de cometer suicídio dias antes da queda do avião.
Lubitz também se informou, em pelo menos um dia, sobre o funcionamento das portas das cabines de comando das aeronaves e suas medidas de segurança. Os investigadores conseguiram ver o histórico de navegação abrangendo o período entre 16 e 23 de março do tablet encontrado no apartamento do copiloto em Düsseldorf.
Segundo as investigações, o Lubitz estaria sofrendo de casos de depressão nos últimos anos e tinha um atestado médico para 24 de março, dia da tragédia.
A Lufthansa, empresa da qual a Germanwings é subsidiária, sabia do problema de Lubitz. Em 2009, ele informou a escola de pilotos da companhia aérea de que sofria de depressão. A Lufthansa afirmou que, após a pausa na formação, o copiloto passou por exames médicos que confirmaram que ele estava apto a pilotar.