Uma jovem foi encontrada dois dias depois dos ataques na Universidade de Garissa, no Quênia, depois de ficar escondida em cima de um armário. Cynthia Charotich foi retirada do local neste sábado, sendo encaminhada para o hospital. As informações são da NBC News.
Com apenas 19 anos, Cynthia é uma das sobreviventes do massacre realizado pelo grupo terrorista al-Shabab na quinta-feira que matou 148 pessoas. Ela disse que não saiu do “esconderijo” mesmo quando alguns colegas que também se refugiavam na sala saíram de lá, pois temia que os extremistas ainda fossem a matar.
A sobrevivente deu entrevista para canais de TV locais neste sábado, enquanto tomava bastante líquido e se alimentava. “Eu estava rezando para meu Deus. Tive muito medo”, contou. Após a chegada da polícia na universidade atacada, a queniana chegou a se recusar a sair do local por medo de ser assassinada. “Eu pensava que talvez fossem militantes do al-Shabab e, então, eu duvidei de que estariam ali para me ajudar. Então trouxeram o professor e o diretor que nos disseram que disseram que estava livre”, afirmou.
Os extremistas do al-Shabab afirmaram neste sábado que mais ataques no Quênia, como o realizado contra a Universidade Garissa, podem ocorrer. De acordo com o grupo de monitoramento de inteligência SITE, o grupo militante islâmico divulgou um comunicado neste sábado, afirmando que o ataque na universidade foi uma retaliação devido a assassinatos realizados por tropas quenianas, que lutam contra os rebeldes na Somália.