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Mancha: Chesf recorre de multa aplicada pelo IMA

assessoria parlamentar/divulgação

Chesf é multa e recorre da decisão do IMA

Ainda não há um diagnóstico preciso sobre a mancha que apareceu no rio São Francisco. Em Sergipe, técnicos da Administração do Meio Ambiente (Adema) percorreram cerca de 40 km na barragem de Xingó, saindo de Sergipe e passando pelos municípios de Delmiro Gouveia, em Alagoas, e Paulo Afonso, no Estado da Bahia. Neste percurso, foram colhidas amostas no rio São Francisco, que ainda permanecem sendo analisadas por biólogos e técnicos dos laboratórios da Adema, segundo informou o diretor técnico da instituição, Jorge Assis Fernandes dos Santos.

Por outro lado, o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) já emitiu auto de infração multando a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf). O Comitê de Bacia Hidrográfica do São Francisco entende que a mancha é causada pela microalga Dinoflagelado, que teria surgido após a liberação de sedimentos de uma barragem da Chesf, que seria o lago Belvedere, esvaziado no dia 22 de fevereiro para manutenção. O local fica no Complexo Apolônio Sales, que abastece a usina hidrelétrica de Paulo Afonso.

Em nota enviada à imprensa, a Chesf nega responsabilidade e promete recorrer da decisão do IMA, divulgada no último dia 24 durante reunião do Comitê de Bacia Hidrográfica do São Francisco ocorrida no Estado de Alagoas. Na avaliação da Chesf, a mancha é causada pela alga Ceratium furcoides, que surgiu no reservatório de Xingó. Para a Chefe, o “fenômeno é resultado de desequilíbrio ambiental, provocado por uma serie de fatores, não originados pela atuação da Companhia”.

“A Empresa destaca que tem a função de operar e manter as usinas e reservatórios sob determinação legal por meio de fiscalização e monitoramento de órgãos ambientais como IBAMA e Agência Nacional de Águas (ANA)”, diz a nota da Chesf. No mesmo documento, a Chesf informa que tem enviado relatórios e laudos de análises para as diversas instituições, participando de reuniões institucionais para buscar soluções para resolver o problema e minimizar os efeitos desse fenômeno.  “Nesse sentido, a Companhia e o Operador Nacional do Sistema (ONS) vêm implantando operações nos reservatórios para diluir a mancha, diminuindo sua dimensão e sua densidade gradativamente”, destacou, na nota.