O vereador Silvio Camelo (PV) intermediou hoje (29) uma reunião entre o superintendente municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), Tácio Melo, e integrantes da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL). Na pauta do encontro, o projeto cicloviário de mobilidade que está sendo colocado em prática pela prefeitura e gerando mudanças em todo o trânsito da Rua Deputado José Lages, no bairro de Ponta Verde.
De acordo com o vereador, a Câmara Municipal está buscando meios de diminuir possíveis impactos negativos no comércio da região. “Todos nós sabemos que a ciclovia de Maceió precisa ser implantada, mas o projeto tem que ser feito de forma que seja um benefício para todos, minimizando o máximo possível desdobramentos prejudiciais, seja para empresários ou moradores da região,” Camelo.
O presidente da ABRASEL, José Eutímio Brandão Junior, disse que vê com muita preocupação a mudança do trânsito na região por causa da falta de estacionamento e acesso de carga e descarga de fornecedores de alimentos e bebidas, bem como dos clientes para os estabelecimentos.
“Se impedir estacionamento em um lado da avenida, como os clientes das empresas e bares daquela localidade irão descer? A nossa preocupação é como viver em harmonia entre empresários, as pessoas que moram naquela localidade, ciclistas e consumidores dos empreendimentos. Quero deixar claro que a Rua Deputado José Lages é uma área mista, onde as pessoas podem residir e podem ter comércio. Queremos, inclusive, saber que estudo foi esse que não incluiu os comerciantes. Precisamos entender as propostas da prefeitura,” questiona.
O Superintendente da SMTT, Tácio Melo, disse que o projeto é antigo e que o determinante para a execução de mudar o transido da José Lages foi um estudo aprofundado.
“Foi feito todo um estudo de impacto desses polos geradores de tráfego. Sabíamos que a mudança não era fácil de fazer porque a maioria tem seu comércio há muito tempo. Existem muitos estabelecimentos que não dispõem de estacionamento para sua clientela, mesmo sendo obrigatório. A nossa pretensão é priorizar, sim, a ciclovia porque a vida daquelas pessoas que andam de bicicleta serão poupadas por terem um espaço adequado. Com certeza, tem um peso muito maior estabelecer um espaço desse porte, do que, por exemplo, priorizar estacionamento para veículos. O estado não tem obrigação de ter esse tipo de estacionamento, quem tem que disponibilizar são os estabelecimentos comerciais. A via será feita para dar uma fluidez maior. E temos certeza que estamos dando uma maior segurança a esses ciclistas,” afirmou Tácio Melo.
A SMTT pretende estudar as reivindicações apresentadas pela ABRASEL e ver as possibilidades de mudanças na estrutura do projeto, que está previsto para ser implantado em maio.