Coordenador de fiscalização da Slum, Carlos Tavares, vistoria armazenamento de resíduos em unidade hospitalar durante operação.
Após quatro dias de operação, a Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum) divulga nesta terça-feira (12) o balanço da ação, realizada em conjunto com a Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma), que vistoriou o armazenamento e a destinação final de resíduos em clínicas, maternidades e hospitais da capital alagoana.
A operação visitou 11 hospitais e 23 clínicas e laboratórios, dos quais 16 unidades (clínicas e laboratórios) e seis hospitais foram notificados pela Slum e autuados pela Sempma por irregularidades.
Na Maternidade Santo Antônio, situada na região central de Maceió, foram encontrados resquícios de uma placenta em meio ao lixo comum. “No local, constatamos uma carga de 1.250kg de lixo sem as devidas condições de armazenamento. Havia até placenta em estado avançado de decomposição e num dos tonéis havia a proliferação de larvas. Somente a Sempma lavrou quatro autos de infração dentro dessa maternidade e interditou a área de depósito de resíduos”, explica Carlos Tavares, coordenador de fiscalização da Slum, que comandou a operação.
Entre as irregularidades mais comuns, foram verificados: acúmulo excessivo de resíduos, condição inadequada de acondicionamento, derramamento de chorume e disposição de resíduos contaminantes junto ao lixo comum.
Resíduo infectante
Seringa e outros resíduos infectantes foram encontrados em meio ao lixo comum em unidade hospitalar.
De acordo com o Código de Limpeza Urbana de Maceió, o lixo hospitalar se enquadra na categoria de resíduos especiais e, por isso, não tem sua coleta realizada pelo Município. É dever de hospitais, clínicas, laboratórios e demais casas de saúde separar o lixo comum do lixo infectante e contratar empresa especializada para realizar a destinação final de ambos.
No caso do lixo comum dos hospitais, a empresa que realiza a coleta leva o material para o Aterro Sanitário de Maceió. Já o lixo infectante, deve ser separado em sacos brancos (leitosos) e acondicionado em bombonas em área isolada e coberta para ser coletado por empresa licenciada que, na sequência, irá incinerar todo o material. Ou seja, é uma carga que não deve ser enviada para o Aterro Sanitário em função de suas características contaminantes.
“O nosso receio é que esse lixo infectante seja levado para o Aterro Sanitário”, reforça Carlos Tavares. “Nós também estamos orientando aos proprietários sobre o tempo de coleta entre uma carga e outra. Há certos hospitais que contratam o serviço para coleta apenas uma vez por semana. Isso não é admissível. Um hospital que produz lixo infectante diariamente deve ter o resíduo recolhido pelo menos três vezes por semana”, esclarece Tavares.
As instituições notificadas pela Slum receberam o prazo de 48 horas para regularizar a situação. “Do contrário, deverão ser alvo de novos autos de infração, com a possibilidade, inclusive, de interdição geral da unidade hospitalar”, frisa Tavares, que avisa: “As operações vão continuar!”.
Confira a lista dos hospitais, clínicas e laboratórios notificados e autuados durante a operação realizada pela Slum e pela Sempma:
HOSPITAIS
– Hospital Médico
– Arthur Ramos
– Hospital Universitário
– Alerta Médico
– Hapvida
– Maternidade Santo Antônio
CLÍNICAS E LABORATÓRIOS
– Laboratório de Analise Médica Meroveu
– ClÍnica Odontomed Ltda
– Laboratório Carlos Chargas Patológico Clínico
– Laboratório de Análise Clínica Soc. Cívil
– Lamec Laboratório de Análise Médica
– Laboratório Samuel Pessoa SS – EPP
– Semeodonto Serviços Médicos Odontológicos LTDA
– Centro Vet. Trindade Luma LTDA
– Eliane de Santa Maria Aroucha
– Janaína A de Ataide de H. Ferreira
– José Roberto A. G. Sobrinho e Cia SS LTDA
– Ortanil Clínico Odontológico Especializada LTDA
– Gilson de Melo Veloso – Clínica de Reabilitação de Maceió
– Med Olhos Consultório SS LTDA – Me
– Alvino e Jardim Odontológico LTDA
– Consultório Odontológico – Alexandre Lins Barbosa
