Juiz que assumiu o caso desbloqueou os bens do empresário no fim de abril. Vitor Valpuesta manteve, no entanto, o bloqueio de R$ 162,646 milhões.
Todos os carros de Eike Batista já voltaram para a garagem da casa do empresário, no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio, após odesbloqueio de bens concecido no final do mês de abril pelo juiz Vitor Valpuesta, da 3ª Vara Federal Criminal — o juiz manteve o bloqueio de R$ 162,646 milhões. A informação foi confirmada ao G1 pelo advogado de Eike, Sergio Bermudes, nesta terça-feira (19).
De acordo com decisão, seriam devolvidos os seis carros, um piano, 16 relógios, R$ 90 mil em dinheiro e mais o equivalente a R$ 37 mil em outras moedas. Também foram desbloqueados os bens e ativos da ex-mulher de Eike, Luma de Oliveira, dos dois filhos deles, Thor e Olin, e da atual mulher do empresário, Flávia Sampaio.
A primeira operação da Polícia Federal na casa de Eike, no Jardim Botânico, ocorreu no dia 6 de fevereiro por determinação do juiz Flávio Roberto de Souza, afastado do caso depois de ter dirigido um dos carros apreendidos durante a operação.
No prédio onde o juiz vive, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, também foi encontrado um outro automóvel e um piano. O instrumento e o carro foram devolvidos pela justiça no final de fevereiro.
O juiz também determinou a devolução de dois motores para lancha, um computador, uma escultura e outros objetos apreendidos pela PF. Os carros importados, um Lamborghini está avaliado em R$ 2,8 milhões, e o Porsche Cayenne, custa cerca de R$ 700 mil.
Ao G1, o advogado Raphael Matos, disse que a defesa, composta por ele e pelo advogado Ary Bergher, fez uma manifestação ao juiz sobre as apreensões e foi atendida. “Agora o processo deverá voltar ao andamento normal sob o comando de um juiz imparcial”, disse Matos.