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‘Será a Copa América mais difícil dos últimos anos’, projeta alagoano Firmino

Atacante diz que a competição é forte e destaca Chile, Uruguai, Colômbia e México como adversários que podem incomodar.

Firmino marcou o gol da vitória do Brasil sobre o Chile (foto: Merca do Futebol)

Confira a entrevista com o alagoano Roberto Firmino, de 23 anos. O Brasil joga neste domingo (07) contra o México, às 17h (horário de Brasília):

Você recebeu uma oportunidade com Dunga e acabou convencendo em cada chance. O que você tenta fazer de melhor para se manter na Seleção?
Trabalhar sério sempre. Não existe outra receita para as coisas darem certo na vida.

Você saiu cedo do país, ganhou sucesso na Europa e projeção na Seleção. Hoje você tem maior reconhecimento quando volta?
Claro que jogar na Seleção dá maior visibilidade. Você tem um reconhecimento maior nas ruas. Ganha ainda mais respeito.

Qual seu objetivo na Seleção?
Quero primeiro me firmar. Depois, conquistar títulos, porque a Seleção entra em todas as competições para vencer.

No esquema de Dunga, sem um centroavante de ofício, como um meia consegue atuar adiantado e suprir a ausência do 9?
Não tenho muita dificuldade em fazer a função. Me sinto bem atuando dessa maneira. Jogar ao lado de Neymar, então, fica mais simples. Ele é fora do comum.

Quais características do futebol europeu mais o ajudou?
O futebol europeu me ensinou muitas coisas. Me ensinou a jogar taticamente, a obedecer alguns conceitos, a ter um maior conhecimento do jogo. Eu cresci muito trabalhando na Alemanha.

Você mora há cinco anos no país que impôs a maior derrota ao Brasil em uma Copa do Mundo. Como foi a reação aos 7 a 1 entre os colegas de clube?
Qualquer derrota é ruim. Houve algumas brincadeiras, mas não passou disso. Foi tudo muito rápido.

Qual espaço você acha que já conquistou no grupo de Dunga?
Na Seleção Brasileira não tem espaço garantido. Você sempre tem que fazer o seu melhor. Sempre trabalhar firme e entender que nada está garantido.

Aos 18 anos, você deixou o Brasil para atuar em um clube que muita gente não conhecia. Quais seus próximos planos?
Tenho alguns planos para minha carreira. Sou muito bem orientado pela Rogon, a empresa que me trouxe para a Alemanha e me dá todo suporte para jogar com a cabeça tranquila. Eu faço minha parte dentro do campo e deixo que fora de campo eles cuidem de tudo.

Qual a emoção de vestir a camisa da Seleção?
R: A emoção é sempre muito forte. Desde pequeno você tem esse sonho de um dia vestir a amarelinha. E quando chega o dia, a emoção é grande. Todo jogo é a mesma coisa. Um sentimento muito bom.

O Dunga conversou com você antes da convocação? O que ele pede?
São conversas entre jogador e treinador. Prefiro deixar isso internamente.

Quem se destaca em competições costuma ganhar espaço para a Copa do Mundo. É o seu objetivo?
Disputar uma Copa é objetivo para todo jogador. Pela Seleção, então, se torna ainda mais especial. Mas ainda falta muita coisa para 2018. Vamos dando um passo de cada vez, trabalhando sempre forte para continuar a ser convocado.

Quem são os adversários mais fortes no caminho do Brasil na Copa América?
Essa será a Copa América mais difícil dos últimos anos. Nosso continente está com ótimas seleções. A Argentina é sempre perigosa. O Chile é forte e joga em casa. O Uruguai tem jogadores espalhados pela Europa e também uma boa seleção. A Colômbia tem sua melhor geração. O México sempre incomoda. Enfim, será uma competição muito difícil para o Brasil.

O Brasil é favorito ao título da Copa América?
Favoritismo só existe para vocês da imprensa e para o torcedor. Dentro de campo é diferente. Se você não der o máximo, o adversário passa por cima. Mas temos uma excelente Seleção e condições de sairmos vencedores.​