O Baerum preparava-se para cobrar uma falta perigosa contra o Sandnes, quando Simen Juklerod aproximou-se da barreira e falou algumas besteiras. O árbitro Anders Gjermshus, mesmo um pouco longe, conseguiu ouvir e imediatamente expulsou Juklerod, com cartão vermelho. Estava cumprindo a orientação da comissão de arbitragem da Noruega: quem chamar o adversário de “gay” ou qualquer outra palavra homofóbica vai direto para o chuveiro.
O chefe de arbitragem do país já havia avisado que usar a palavra com o objetivo de “insultar ou ofender” levaria à expulsão direta, mas talvez Juklerod não tenha acreditado. Na verdade, até agora ele não acredita direito. “Claro que foi completamente idiota. Ainda acho que não é para cartão vermelho, pela forma como eu disse. Dizem coisas muito piores durante o jogo”, afirmou ao Aftenbladet. “Isso não vai acontecer novamente. Espero uns dois jogos de suspensão”.
Assim como muitos países condenam o racismo dentro de campo e nas arquibancadas, o futebol norueguês tenta mostrar que não tolera mais homofobia. O Baerum, clube de Juklerod, reprovou a atitude do seu próprio jogador no Twitter. “Não aceitamos que nossos jogadores chamem o outro de gay ou similares. Eles dizem um monte de porcaria durante as partidas, mas para esse material temos tolerância zero. Foi lamentável. O caso também será tratado internamente”, escreveu.
A partida estava empatada em 2 a 2 quando a expulsão aconteceu, e o Sandnes acabou vencendo por 3 a 2. A homofobia de Juklerod ainda custou a vitória ao seu time.