Uma comissão de mulheres esteve na sede do Ministério Público Federal em Alagoas na manhã desta segunda-feira (15), para protocolar uma representação contra ações mal intencionadas e desinformadas que estão prejudicando a construção dos Planos Estadual e Municipal de Educação.
Sinteal, Instituto Feminista Jarede Viana, Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais e Pesqueiras, Associação Alagoana Pró-Mulher e Marcha Mundial das Mulheres subscrevem o documento que denuncia inverdades que estão sendo espalhadas através das mídias sociais, bem como esclarece sobre a elaboração dos Planos Estadual e Municipal de Educação baseado no Plano Nacional de Educação.
O documento traz em anexo informações sobre ideologia de gênero, termo que está sendo utilizado de forma errada para criticar a atual construção do plano. “Essas polêmicas trouxeram o assunto à tona, agora precisamos acabar com a desinformação para evitar o retrocesso”, disse Elvira Barreto, professora da UFAL e doutora em comunicação social.
Marta Queiroz, secretária de mulheres do Sinteal, explica o que está acontecendo. “Estamos construindo o plano com a participação de vários setores da sociedade civil organizada, com a preocupação de termos profissionais preparados para lidar com a diversidade sexual dentro da escola. Sabemos que a homofobia é um problema que tem causado muita violência, e a educação é a forma mais eficaz de combater esse preconceito. Essas imagens de uma possível cartilha são falsas, não tem nada a ver com o que está sendo incluído no plano”, disse ela.
Em entrevista a veículos de comunicação, a Secretaria Municipal de Educação Ana Dayse declarou que o material que está circulando é falso, e que o Plano está sendo construído dentro da lei. As instituições estão tentando trazer informações à sociedade para que não haja prejuízos na construção do plano.