Aos 84 anos, o mito da música brasileira recebeu o EGO em seu camarim e falou sobre o polêmico documentário que retrata bastidores da sua vida.
Cauby Peixoto se apresenta em show na Zona Sul do Rio
Com lotação esgotada em duas apresentações, Cauby Peixoto conversou com o EGO na noite desta terça-feira, 23, após cantar para uma multidão que esteve presente no show “Cauby Sings Nat King Col”, no Theatro Net, em Copacabana, na Zona Sul do Rio.
Assim que deixou o palco, o astro de 84 anos – que recentemente esteve internado em São Paulo por causa da diabetes – comentou sem pudores sobre o polêmico depoimento que deu para o documentário “Cauby – Começaria tudo outra vez”, de Nelson Hoineff, onde fala sobre a sua relação com pessoas do mesmo sexo durante a infância e a juventude.
“Esse documentário é uma maneira que as pessoas vão ter de saber um pouco mais sobre a minha vida. As pessoas gostam disso, né? Eu nunca me importei de falar nada, a não ser quando me perguntavam. Tudo aquilo que eu posso contar, eu conto. Nunca inventei nada. O que eu falei lá (no documentário) foi sobre a maneira como eu via a coisa do homossexual. Achava muito natural. Brincava muito com a garotada de pegar no pênis, essas coisas. A gente brincava… Era normal”, afirmou.
Cauby revelou ainda que chegou a se envolver com algumas fãs durante a carreira: “Tive romances com algumas fãs, mas era só namoro, não tinha nada mais. Elas eram solteiras, eu era solteiro e respeitava muito as meninas.”
Questionado sobre o segredo para manter afinado o timbre da sua voz, Cauby Peixoto disse humildemente que não faz nada de especial para cuidar de suas cordas vocais: “Acho que o segredo é uma coisa de Deus mesmo. Não bebo álcool, não me esforço e não grito com as pessoas. Sou uma pessoa calma e a voz vai conservando assim. O que eu faço é ensaiar as minhas músicas, mas falar eu falo pouco”, contou.
E quando o assunto foi a carreira, ele comentou que só vai parar quando Deus quiser e adiantou que pretende ainda gravar músicas inéditas: “Não gravei tudo o que eu queria gravar. Ainda tem muita coisa para gravar e quero dar andamento ao meu novo CD que vai se chamar ‘Cauby moderno’. Sei que o pessoal vai gostar, vai ser muito bom.”