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Sindicato da ALE cobra cumprimento de acordos antes do “trem da alegria”

Arquivo/Alagoas24horas

Luciano Vieira, presidente do Sindicato dos Servidores da ALE

A aprovação do “trem da alegria”, como ficou conhecido o Projeto de Resolução que cria 120 cargos comissionados na Assembleia Legislativa, causou revolta entre os servidores efetivos da Casa de Tavares Bastos.

Em entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta sexta-feira (3), o presidente do Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa, Luciano Vieira, disse não ser o momento ideal para aumentar as despesas da Casa e cobrou o cumprimento dos acordos feitos com os servidores.

“A criação dos cargos é legal, mas o momento não é propício e nem o melhor para a Assembleia criar 120 cargos e onerar a folha de pagamento. A ALE ainda deve aos servidores e primeiro é preciso sanar os problemas financeiros para depois criar gastos”, disse Luciano Vieira.

O presidente do sindicato concorda que a Casa precisa se renovar, modernizar, passar por reforma, mas lembrou que todos os acordos feitos no final do ano passado nunca foram cumpridos.

“Claro que a ALE precisa de uma reforma administrativa, até porque a última foi feita em 1994. Mas antes tem que pagar as dívidas com os servidores. Temos 15% pra receber de reposição salarial, que não é feita desde janeiro; férias para receber de 2014 e 2015, e esta última, a folha já está pronta. Enquadramento do Plano de Cargos e Carreira,  que é lei e não foi feito. Tem cinco anos que não é aplicada a reposição nos nossos rendimentos, desde 2010. Fizemos reuniões com a Mesa que pediu para termos compreensão diante do momento que a Casa está passando e aí, diante de tudo isso, aprovam a criação de 120 cargos comissionados? A ALE deve respeito aos servidores”, protestou Vieira.

O Projeto de Resolução foi aprovado na sessão dessa quinta-feira (2), por maioria dos deputados, contra os votos de Galba Novaes (PRB), Jó Pereira (DEM), Rodrigo Cunha (PSDB) e Pastor João Luiz (DEM).