Prestes a concluir cronograma de negociação, trabalhadores não aceitaram proposta dos empresários.
O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado de Alagoas (Sinttro/AL) realizou na tarde dessa segunda-feira (13), a penúltima reunião do cronograma traçado com os empresários do setor para negociar a data-base deste ano da categoria.
Sem chegar a um consenso quanto ao percentual de reajuste e outros avanços pleiteados pelos trabalhadores, o sindicato admitiu que é grande a possibilidade de um movimento grevista nos próximos dias.
Em outras cidades como Recife, em Pernambuco, os rodoviários decretaram greve, onde 30% do órgão permanece em atividade.
O presidente da entidade, Écio Luiz Ângelo, lamentou que os rodoviários precisem, todos os anos, se submeter a uma maratona de reuniões para conseguir um reajuste mínimo e digno. “As condições de trabalho da categoria só tem melhorado graças ao empenho do sindicato e às custas de muito embate”, destacou Ângelo que contrariado com o impasse quanto à negociação, frisou que, se for necessário, o movimento paredista será realizado em Maceió.
Enquanto os rodoviários pedem um reajuste de 15% para os seus vencimentos salariais e ticket alimentação, o setor patronal apresentou uma proposta de 8,89%, correspondente à inflação registrada para o período. “Precisamos avançar com ganho real. O percentual inflacionário não atende às expectativas dos rodoviários e revela a falta de habilidade dos patrões em negociar com seus funcionários e dar continuidade às conquistas dos últimos anos”, acrescentou o presidente.
O sindicalista, que tenta agendar uma audiência com o prefeito Rui Palmeira com o intuito de uma intervenção positiva em favor da categoria e que evite a greve, salientou que outros pontos importantes também estão em pauta como o fim dos intervalos no meio da jornada e o pagamento do ticket alimentação nas férias. “O superintendente municipal de Transporte e Trânsito de Maceió, Tácio Melo, participou da reunião de ontem na tentativa de auxiliar na negociação. Como não obtivemos êxito, aguardamos uma posição do prefeito e se não avançarmos, a paralisação dos ônibus de Maceió será nossa alternativa”, completou Écio.