Alvo da Operação Politeia, que cumpriu mandados de busca e apreensão em suas empresas e residências nesta terça-feira, 14, o senador Fernando Collor de Mello (PTB) se pronunciou no final da manhã por meio da sua assessoria.
A operação foi deflagrada pela Polícia Federal em todo o país e visa o cumprimento de 53 mandados de busca e apreensão. Em nota, Collor – que já havia negado participação no esquema da Lava Jato, classificou a operação como “aparatosa”.
Leia, na íntegra, a nota emitida pelo senador alagoano, alvo da investigação:
A defesa do Senador Fernando Collor repudia com veemência a aparatosa operação policial realizada nesta data em sua residência. A medida invasiva e arbitrária é flagrantemente desnecessária, considerando que os fatos investigados datam de pelo menos mais de dois anos, a investigação já é conhecida desde o final do ano passado, e o ex-presidente jamais foi sequer chamado a prestar esclarecimentos.
Ao contrário disso, por duas vezes o Senador se colocou à disposição para ser ouvido pela Polícia Federal, sendo que nas duas vezes seu depoimento foi desmarcado na véspera. Medidas dessa ordem buscam apenas constranger o destinatário, alimentar o clima de terror e perseguição e, com isso, intimidar futuras testemunhas.
A medida invasiva traduz os tempos em que vivemos, em que o Estado Policial procura se impor ao menoscabo das garantias individuais seja do ex-Presidente, do Senador da República, ou do simples cidadão. Afinal, se nem os membros do Senado Federal estão livres do arbítrio, o que se dirá do cidadão comum, à mercê dos Poderes do Estado.
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