Anfitrião dos Jogos Pan-Americanos pela segunda vez nas últimas cinco edições, o Canadá tem novamente a chance de ampliar seu potencial de esportes olímpicos. Eventos e investimentos não faltam.
Após quatro dias de Pan de Toronto, o Canadá, que tem 25 ouros, lidera o quadro de medalhas com certa folga com relação aos Estados Unidos, o segundo colocado com 19 ouros. Quanto “custaram” os atletas do evento deste ano? C$ 100 milhões (dólares canadenses), ou cerca de R$ 246 milhões.
Em 2012, o Comitê Olímpico Canadense anunciou o investimento deste valor para aprimorar o nível técnico dos atletas e infraestrutura tendo em vista o Pan de Toronto em 2015 e a Olimpíada do Rio de Janeiro no ano seguinte.
“Além do investimento inicial. O governo do Canadá injetou R$ 2,5 milhões a mais em preparação específica para esse evento. Isso foi para serviços e apoio, preparação, orientação, para aprimorar nossos atletas”, disse Curt Harnett, chefe da delegação canadense neste Pan.
Harnett tem uma gloriosa carreira no ciclismo com um ouro no Pan de Indianápolis, e uma prata na Olimpíada de Los Angeles-84, além de dois bronzes em Barcelona-92 e Atlanta-96.
Para se ter uma ideia, nos últimos cinco anos, somente em investimentos nas modalidades, através de programas como Bolsa Atleta, Bolsa Pódio e leis de incentivo, os esportes olímpicos brasileiros já receberam um total de R$ 500 milhões do Governo Federal e do Ministério do Esporte.
Enquanto o comitê canadense investiu C$ 100 milhões de dólares (R$ 246 milhões) para o ciclo olímpico que incluia um Pan em casa, o Comitê Olímpico Brasileiro, através da Lei Agnelo/Piva apenas nos últimos três anos, já repassou R$ 308 milhões aos esportes olímpicos.
“A gente tratou esse Pan como uma experiência olímpica. A gente talvez veja mais investimentos diretos para 2016, mas não sei se vai ter”, explicou Harnett.