Os professores, técnicos e servidores de apoio da rede estadual de ensino iniciaram nesta quinta-feira, 16, uma greve por tempo indeterminado. O sindicato da categoria espera a adesão dos aproximados 6.800 professores após a rejeição da proposta de 7% do governo dividida em vários meses.
Essa é a terceira greve na rede de ensino só este ano. As primeiras foram realizada pelos servidores da rede de educação do município de Maceió que teve, inclusive, a intervenção de justiça com decretação de ilegalidade da greve. A última greve foi realizada no mês passado, onde os servidores da rede municipal passaram mais 40 dias em mobilização.
A greve, decidida na última sexta, tem início exatamente um dia após o governo do Estado realizar cortes da ordem de R$ 377 milhões do orçamento de Alagoas, fixada inicialmente em R$ 8.334.308.547,00. Os cortes serão mais sentidos nas pastas de Educação (25%) e saúde (12%). Essas pastas serão obrigadas a adequar seus contratos e despesas.
De acordo com a presidente do Sinteal, Consuelo Correia, uma tentativa de diálogo com o governador foi iniciada, mas no dia de ontem apenas foi mantida a proposta de 7%, segundo ela, dividida em ‘prestações’. “A greve é a última instância e a situação está insustentável, pois estamos sem condições de trabalho e o quadro de profissionais da área está defasado”, assegurou.
Ainda de acordo com ela, os servidores exigem reajuste salarial de 13,01%, melhores condições de trabalho, fim da precarização de trabalho, a convocação da reserva técnica. Consuelo destaca as possibilidades de diálogos foram esgotadas.
A Secretaria de Comunicação do Estado lançou uma nota oficial destacando que até então não havia sido comunicado oficialmente, assegurando que apenas soube da greve por meio da imprensa. “O Governo de Alagoas apela para o bom senso dos profissionais de Educação e pede pela suspensão imediata do movimento grevista”, trecho da nota oficial.
Para Consuelo, a sensibilidade dos trabalhadores da rede estadual de ensino foi esgotada. “O bom senso e a sensibilidade do governador deveria ser aguçada com o compromisso feito na campanha eleitoral que era revolucionar a educação, mas pelo que parece ele só quer revolucionar com ideias e experiências”, disparou.
A estimativa é que 200 mil estudantes alagoanos e, segundo Consuelo, os alunos não serão prejudicados, uma vez que ao retornar as atividades o calendário escolar será readequado.