TJ mediará acordo salarial entre CUT-AL e Governo

Representantes da Central Única dos Trabalhadores em Alagoas (CUT-AL) solicitaram, nesta quinta-feira (16), ao presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), desembargador Washington Luiz Damasceno Freitas, que o Judiciário medeie um acordo entre o Governo de Alagoas e a central sindical em relação ao aumento de salários de servidores públicos estaduais.

Audiência visa impedir que no futuro a Justiça tenha que decidir sobre ilegalidade ou não de greves. Foto: Bárbara Guimarães
Audiência visa impedir que no futuro a Justiça tenha que decidir sobre ilegalidade ou não de greves. Foto: Bárbara Guimarães

Na reunião, o presidente Washington Luiz se comprometeu em ouvir o Poder Executivo e de marcar, posteriormente, uma audiência com as duas partes para viabilizar um acordo.

 O desembargador Tutmés Airan de Albuquerque Melo acompanhou a reunião na Presidência do TJ e destacou que o Poder Judiciário pode exercer a condição de mediador para encontrar um meio termo. “Isso evita aquela intervenção tradicional da Justiça que é declarar a legalidade ou ilegalidade da greve. Acredito que nós podemos fazer mais do que isso por meio da mediação”, disse.

Segundo Rilda Alves, presidente da CUT-AL, esse processo de negociação teve início em maio porque é o mês da data-base para o aumento dos salários. “Até agora não conseguimos avançar com as negociações. O Governo quer dar 5% de aumento e nós queremos negociar o mínimo de 6,41% que é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Nas discussões nós já abrimos mão do ganho real, mas não o IPCA”, contou.

Ainda de acordo com Rilda Alves, a negociação com o auxílio da Justiça será benéfica para todos os lados. “Nós não estamos querendo que o Estado passe por uma situação de greve, nós queremos realmente avançar nas negociações e até porque nós enquanto servidores queremos voltar para nossas atividades normais”, afirmou.

Nesta quinta-feira (16), a categoria dos professores do Estado aderiram a uma greve por tempo indeterminado. Os professores solicitam um reajuste diferente das outras categorias e a implementação do Plano Nacional de Educação (PNE).

Fonte: TJ/AL

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