Após os médicos do PAM Salgadinho cruzarem os braços por tempo indeterminado, a Prefeitura da Maceió, através a Procuradoria Geral do Município (PGM), ajuízo uma ação judicial pedindo a ilegalidade da greve.
De acordo com a nota emitida pela Prefeitura de Maceió à imprensa, a justificativa usada pela PGM na ação é que as alegações apresentadas pela categoria não se sustentam. Além disso, a categoria descumpriu a lei em relação aos movimentos grevistas, já que, não houve a tentativa de negociação antes que a greve fosse decretada.
Ainda segundo a nota, o Município foi comunicado da decisão dos médicos apenas por meio de ofício.
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Na segunda-feira, 03, o presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed-AL), Wellington Galvão, conversou com o Alagoas 24 Horas e informou que a classe médica cruzou os braços, mas mantém os 30% do efetivo previstos em lei. Apenas o atendimento a consultas previamente agendadas funcionam na unidade. Além das reivindicações estruturais do local, os médicos questionam a falta de material de trabalho e medicamentos.
A cada dia novas denúncias de descaso surgem no PAM Salgadinho. Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social no Estado de Alagoas (Sindprev/AL), Cícero Lourenço, o risco maior é uma possível queda do prédio, assim como o risco que ocorria similarmente no também abandonado prédio do INSS. “Caiu tudo em cima da gente, desde o teto até lâmpada, por isso paralisamos. Queremos do prefeito um calendário para saber como o PAM vai ser reformado, queremos menos discurso e mais ação”, cobra Lourenço.