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São Januário vira ‘responsável’ por má fase do Vasco, e risco de rebaixamento leva Eurico a fugir do estádio

A pressão da torcida, o rendimento abaixo do esperado em São Januário, os prejuízos de bilheteria e o gramado recém-reformado fizeram o presidente do Vasco, Eurico Miranda, adotar uma medida inesperada: mandar seus jogos no Maracanã.

Com seus dois próximos compromissos marcados para o estádio, contra Joinville, domingo, às 11h, e frente ao Coritiba, dia 15, o mandatário falou pela primeira vez sobre os motivos que o levaram a deixar São Januário. Segundo Eurico, o principal fator foi o comportamento de parte da torcida.

— A torcida tem que entender que o time do Vasco precisa de apoio. Eu não posso ter o jogo aqui em São Januário e ter meia dúzia de vagabundos xingando jogador. A torcida tem todo o direito de vaiar, só não tem o direito de vaiar e xingar com cinco minutos de jogo. Isso eu tenho obrigação de impedir — desabafou o presidente.

De acordo com o presidente, o clima atual tem prejudicado o Vasco. A tendência, segundo ele, é que poucas partidas sejam realizadas em São Januário até o fim do Campeonato Brasileiro.

Atrás do argumento, surge o interesse financeiro e o pensamento de estreitar relações com o consórcio que administra o Maracanã. Contra o Joinville, por exemplo, a possibilidade de lucrar seduziu Eurico.

— Provavelmente vou tirar a maioria deles (dos jogos) de São Januário, mas não serão todos no Maracaña. Contra o Joinville, vimos uma importante coincidência. Será o primeiro jogo às 11h de domingo, no Rio, e logo no Dia dos Pais. Podemos ter um bom número de torcedores — finalizou.