Temporal no Chile deixa seis mortos e paralisa mina de cobre

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Seis pessoas morreram e mais de mil foram afetadas por causa do forte temporal registrado no norte e no centro do Chile no fim de semana, que também forçou a paralisação da importante mina de cobre da estatal Codelco. O Escritório Nacional de Emergências (Onemi) havia informado preliminarmente a morte de duas pessoas na região de Valparaíso (120 km a oeste de Santiago), às quais se somaram, passado o meio-dia de domingo (9), outros quatro mortos na região de Antofagasta, a 1.350 km ao norte da capital chilena.

“Infelizmente, lamentamos o falecimento de seis pessoas relacionado com esse evento meteorológico”, afirmou Mahmud Aleuy, vice-secretário do Interior, em coletiva de imprensa nas instalações do Onemi, em Santiago.

Fortes chuvas afetaram o centro do Chile no sábado (8), mas se dirigiram para o norte do país durante o dia, precipitando-se em Tocopilla, na região de Antofagasta, onde os temporais causaram uma enxurrada que desceu até a localidade.

“Devido ao sistema frontal em nível nacional, foram registradas 1.100 pessoas afetadas”, informou o Onemi. As três últimas vítimas foram arrastadas pela enxurrada de lama e pedras, enquanto outras quatro ficaram feridas e mais de 800 foram retiradas da região por equipes de emergência.

Graves danos materiais

Também foram registrados graves danos em casas feitas de material mais frágil, bem como cortes de energia e do abastecimento de água potável nessa cidade portuária.

Devido à emergência, a Onemi decretou Estado de Exceção Constitucional na região de Antofagasta “para facilitar as ações preventivas e garantir a segurança na região”, informou Ricardo Toro, diretor desta entidade.

A medida implica em que as Forças Armadas tomem o controle da região durante a situação de emergência. O governo chileno decretou, ainda, “alerta sanitário” a fim de reforçar o sistema de saúde na região. “Devido ao sistema frontal em nível nacional, foram registradas 1.100 pessoas afetadas”, informou o Onemi.

Região do Atacama

Essa situação ocorre cinco meses depois de outro forte temporal causar fortes chuvas na região do Atacama, vizinha a Antofagasta, provocando inundações que arrasaram povoados e deixaram 26 mortos e milhares de desabrigados.

As condições climáticas também levaram a mineradora estatal chilena Codelco, a maior produtora de cobre do mundo, a suspender as operações de uma de suas minas mais importantes, Chuquicamata, em Antofagasta. Outras três divisões da mineradora na mesma região operam parcialmente e com pessoal reduzido.

“Cada uma das divisões do Distrito Norte ativou os protocolos estabelecidos para esse tipo de situação”, informou a mineradora, responsável por 11% da oferta mundial de cobre.

Fortes ondas

A região costeira do Chile também foi afetada pelo temporal. Em grande parte do litoral, a tempestade provocou grandes ondas, as maiores dos últimos 35 anos, principalmente em Valparaíso (120 km oeste de Santiago), onde chegaram a 10 metros de altura, o que motivou o Onemi a decretar alerta vermelho.

Nessa região ficam importantes portos e balneários turísticos, afetados pelas fortes ondas, que causaram danos em residências e comércios perto da faixa costeira, além de cortes nos serviços de água e luz.

O metrô que liga o porto de Valparaíso ao balneário de Viña del Mar e outras localidades da região foi suspenso durante esta semana “porque as fortes ondas cobriram as vias férreas com toneladas de escombros e inundaram as salas técnicas”, informou Andrés Gómez-Lobo, ministro dos Transportes.

Fonte: RFI

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