Prefeito de Maceió diz que tecnologia deverá trabalhar de maneira similar ao taxistas.
A polêmica sobre o aplicativo Uber, alvo de disputa entre a classe de taxistas e motoristas particulares, ainda não tem data para ser debatido na Câmara de Vereadores em Maceió. Atento a isso, o prefeito de Maceió Rui Palmeira (PSDB) disse na manhã desta segunda-feira (17) que a princípio a tecnologia se apresenta com um serviço que “está à margem da lei”.
Em todo o país ele passa por debates ferrenhos entre deputados e vereadores. Em alguns lugares, como no Rio de Janeiro, o serviço foi vetado e os motoristas flagrados com o Uber terão de pagar uma multa de R$ 1.360,29, além de terem o veículo apreendido.
“Eu entendo que o Uber do jeito que foi apresentado está à margem da lei, pois o taxista tem que pagar suas taxas e estar devidamente legalizado, sendo que o aplicativo não paga taxas ao município”, destaca Palmeira.
Outro questionamento apresentado pelo gestor municipal é o fator “segurança”. “Como não há controle por parte de nenhum órgão, não há como saber se aquela pessoas que está dirigindo tem passagem pela polícia ou não, e o táxi tem esse controle”, compara. “Se ele for regulamentado terá que sofrer similar ao táxi”, finaliza.
As declarações do prefeito, porém, não foram seguidas pelo presidente da Câmara Municipal de Maceió, vereador Kelman Vieira (PMDB). Evitando emitir juízo de valor e alimentar polêmicas, o vereador confirma apenas que o projeto contra o uso do serviço foi oficializado pelo também vereador Galba Neto (PMDB), mas que deve passar por audiências públicas. “O vereador Galba tem uma ligação histórica com essa questão dos transportes e está em sintonia com a categoria dos taxistas. Ele entrou com o projeto de lei, mas antes de ser votado vamos levar o debate para a sociedade. O que a gente quer não é negar oportunidade de trabalho para ninguém, mas precisa fazer esse diálogo com as entidades de classe pra saber quais são os benefícios e prejuízos”, avalia.