O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se sentiu ofendido por reportagem publicada por O Globo na última semana. No dia 12, o veículo carioca afirmou que o antecessor de Dilma Rousseff é dono de um tríplex em condomínio no Guarujá, cidade do litoral paulista. Nesta quarta-feira, 19, ao afirmar que o conteúdo do diário foi “jornalismo baseado em fofocas”, o instituto que leva o nome do ex-mandatário do país anunciou a ação judicial contra a empresa de comunicação.
Ao garantir que o ex-presidente não mantém nenhum apartamento no Guarujá, o Instituto Lula defende que a matéria intitulada “Dinheiro liga doleiro da Lava-Jato à obra de prédio de Lula”, produzida pela do jornal, teve “claro caráter difamatório”. Para a entidade, o fato de a equipe do veículo de comunicação ter publicado as negativas por parte do político não passou de “mero registro burocrático do outro lado”, o que não compensaria “os danos morais causados pela veiculação de graves mentiras”.
Representado pelo escritório Teixeira Martins Advogados, Lula solicita indenização no valor de R$ 67.500,00. Na ação, o ex-presidente se dirige contra o diretor de redação de O Globo, Ascânio Seleme, além dos dois repórteres que assinaram a matéria em questão: Cleide Carvalho e Germano Oliveira, ambos da sucursal da publicação em São Paulo. Ao impetrar com a ação por danos morais, os defensores do ex-presidente afirmam que “a má fé dos réus e a inequívoca intenção de difamar e injuriar o autor [do processo] é patente”.
Até o momento, O Globo não se posicionou oficialmente em relação à ação. A íntegra do requerimento formulado pela defesa do político foi divulgada na internet.