Em greve há mais de um mês, os professores da rede pública estadual aproveitaram a solenidade de entrega de ampliação do Presídio Feminino Santa Luzia para realizar um protesto na tarde desta quinta-feira, 20, em frente ao sistema prisional alagoano.
Durante a cerimônia – que conta com a presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e da secretária nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Regina Miki – os manifestantes gritavam palavras de ordem com o intuito de chamar a atenção do Chefe do Executivo Estadual para os problemas da Educação em Alagoas.
Ao perceberem a chegada de Renan Filho ao local, os professores começaram a gritar: “Governador seu vacilão, venha receber a Educação”. O governador, por sua vez, ignorou o protesto e entrou no presídio Santa Lúzia, sem conversar com ninguém.
“O senhor governador não recebe a Educação e não há diálogo com os professores. Em campanha, ele dizia que ira fazer uma revolução na área, mas isto não aconteceu. A Educação não foi priorizada como foi dito aos quatro cantos”, disse a presidente do Sinteal Consuelo Correia.
A categoria está em greve deste o dia 16 de julho e até o momento não foi recebida por Renan Filho. De acordo com o Sinteal, os professores reivindicam o reajuste salarial de 13,01% para todos servidores, a reformulação dos Planos de Cargos e Carreira, a inclusão de secretários escolares no quadro da educação, a ampliação da jornada de trabalho, a convocação da reserva técnica do concurso de 2013 e a “recapitalização” da Previdência estadual.
Renan Filho
Durante a entrevista coletiva concedida à imprensa, o governador Renan Filho disse, em resposta ao protesto dos professores ligados ao Sinteal, que não tem mais do que 7% de reajuste para oferecer este ano e que as mensagens de reajuste de servidores deverão ser enviadas à Assembleia Legislativa de Alagoas.