O colesterol alto é silencioso e se torna perceptível apenas em situações graves. Estima-se que 40% dos brasileiros estejam com o colesterol acima do indicado. O distúrbio é traiçoeiro e pode levar ao infarto precoce.
O cardiologista do Hospital Santa Cruz, em Curitiba, Valdir Lippi Júnior, explica que uma das consequências do distúrbio é o infarto do miocárdio, responsável por um grande número de mortes evitáveis, principalmente entre os jovens. “O colesterol em excesso, principalmente na sua fração LDL, se deposita entre as camadas das artérias coronárias formando a placa de gordura. Com uma progressão avançada, estas placas diminuem o fluxo de sangue e fragilizam o vaso sanguíneo podendo se romper.”, menciona.
O especialista explica que o colesterol é um tipo de gordura e fundamental para o funcionamento do organismo. Ao alcançar taxas elevadas, torna-se um fator de risco para o desenvolvimento de doenças do coração. O colesterol, ao não ser eliminado através do fígado e do intestino, acaba acumulando na corrente sanguínea e nas artérias, formando placas de gordura. Ao longo do tempo tais placas dificultarão a passagem do sangue e levarão ao entupimento dos vasos.
“As nossas artérias tem uma capacidade de compensar a diminuição do fluxo sanguíneo pela progressão das placas até um total de 70%. Ao ser exigido, como por exemplo em um esforço físico, o coração na falta de nutrientes e oxigênio suficientes não consegue desenvolver o seu papel de bombear sangue de forma adequada surgindo os primeiro sintomas de cansaço e dores no peito, mais conhecido como angina. No momento do infarto os sintomas podem ser mais intensos e geralmente caracterizados como uma dor de forte intensidade no peito com irradiação para as costas, braço esquerdo ou mandíbula e sem melhora com o repouso. Podem estar associados ao quadro outros sintomas como falta de ar, suor intenso, náuseas e vômitos e sensação de desmaio.”, cita.