O presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Paulo Rizzo, afirmou que o grupo quer reajuste salarial, reajuste nos benefícios, concursos públicos e suspensão dos cortes do orçamento.
“Eles [o governo federal] apresentaram uma proposta salarial abaixo da inflação que não foi aceita pelas categorias e não houve mais nenhuma negociação ou contraproposta”, disse. “Estamos esperando. Vamos liberar as entradas quando formos recebidos, enquanto isso estará tudo fechado.”
Os manifestantes bloquearam as entradas do bloco C com faixas. Alguns se sentaram nas fachadas. Funcionários também foram impedidos de entrar no prédio. A organização do ato diz que o número de pessoas no protesto deve aumentar ao longo do dia.
O coordenador-geral da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), Rogério Marzola, disse que as instituições estão com um problema sério de orçamento. “Está difícil de sensibilizar o governo. Tem universidade sem água e luz. Está agonizando a vida das instituições.”
“O governo quer jogar também uma política de forçar os trabalhadores a ter perdas salariais nos próximos quatro anos, porque eles insistem na questão dos 21% divididos em quatro anos”, declarou.
Marzola afirmou que os servidores se uniram porque o governo está fazendo “chantagem”. “As categorias têm pautas específicas, mas o governo não libera orçamento necessário e chantageia, e a palavra é essa mesmo, chantageia dizendo que só terá proposta se a gente aceitar o parcelamento até 2019, e isso não é possível.”
O grupo cantava música dizendo que ninguém trabalharia nesta quinta. “A nossa luta unificou, é estudante junto com trabalhador”, gritavam também.