Um grupo de estudantes da Escola Estadual José Quintella Cavalcanti realizou uma caminhada, nesta terça-feira, 1º de setembro, pelas ruas da cidade de Arapiraca pedindo o retorno das aulas.
Eles alegam que serão prejudicados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), previsto para acontecer no mês de outubro, devido à greve dos professores e pessoal de apoio da rede estadual de ensino. Por conta da greve, eles não estudaram todos os assuntos exigidos no exame.
O protesto foi orquestrado por estudantes Escola Estadual José Quintella Cavalcanti, especialmente alunos do 3º ano do ensino médio, com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores na Educação (Sinteal) da cidade. A mobilização desta terça-feira contou com a participação de aproximadamente 50 estudantes. Eles percorreram diversas ruas da cidade e pararam na 5ª Coordenadoria Regional de Educação (5ª CRE). Os manifestantes não descartam um novo protesto.
Os manifestantes informaram que estão cansados do descaso do Governo de Alagoas com a educação pública. Eles contaram ainda que em julho deste ano, o teto de uma das salas da Escola Estadual José Quintella Cavalcanti desabou após as fortes chuvas que caíram na cidade. O prédio foi interditado pela Defesa Civil e, por sorte, a unidade estava em recesso e ninguém ficou ferido
Greve
Os professores estão em greve há quase dois meses e até o momento o Sinteal, representante da categoria, não foi recebido pelo governador Renan Filho. Hoje, merendeiras, porteiros e secretárias da Escola Quintella Cavalcanti resolveram paralisar as atividades por falta de pagamento.
Apesar da greve dos educadores, o governador de Alagoas, Renan Filho, afirmou ontem (31), durante o anúncio da implantação do ensino médio em tempo integral em 12 unidades de ensino, que 90% das escolas estão com aulas e que a greve está sendo realizada por uma parcela pequena da educação.
Os trabalhadores da Educação reivindicam reajuste de 13,01% para toda a categoria (professores e funcionários), a reformulação dos Planos de Carreiras, com atualizações como a inclusão de secretárias/os escolares na secretaria de educação (hoje eles estão ligados à administração), a chamada dos concursados da reserva técnica, e o aumento da carga horária, para reorganizar a rede que hoje sofre uma carência tão grande de profissionais.
