A pesquisa desenvolvida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em parceria com Instituto Fecomércio/AL de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD), para avaliar a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de Maceió revelou, em agosto, o pior resultado deste ano: 107,8 pontos contra 111,8 registrados em julho.
Isto representa uma queda de 3,5% na intenção de compra. O indicador vem tem registrado uma sequência de quedas desde março passado.
Em comparação com agosto de 2014, o recuo foi de 17%. A tendência para 12 meses é de continuidade do arrefecimento da intenção de compra do consumidor, resultando numa diminuição do ritmo de crescimento do comércio alagoano, principalmente para as pequenas e médias empresas do setor varejista.
Para o Instituto Fecomércio AL, o desempenho do ICF reflete os ajustes macroeconômicos, uma vez que estes reduzem as expectativas sobre a dinâmica econômica, influenciando a decisões dos consumidores. Outros fatores como a desaceleração do mercado de trabalho, o nível de renda do consumidor, os elevados juros nos parcelamentos e comprometimento da renda com pagamento de dívidas contraídas impactaram no comportamento do consumidor e nas variáveis que definem o ICF.
O resultado final do ICF é obtido considerando o resultado de sete sub-indicadores. Em agosto, a variação mensal foi positiva apenas em relação à situação do emprego, com 136,6 pontos, ou seja, 2,4% a mais que o registrado em julho, 133,4. Tiveram desempenho negativo os indicadores de perspectiva profissional. Renda atual, acesso ao crédito, nível de consumo atual, perspectiva de consumo e compra de bens duráveis.