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Golpe do falso minério: estelionatário preso em Olinda será transferido para AL

Reprodução/NE TV

Amadeus Berto é suspeito no esquema

Um homem de 42 anos foi preso, em Olinda, suspeito de golpes que geraram um prejuízo de quase R$ 40 milhões (US$ 10 milhões). De acordo com a polícia, e se autointitulava ‘O Rei do Minério’ e oferecia às vítimas uma sociedade para exportação de minério de tantalita, que é usado no mercado de eletrônicos. No entanto, entregava outro material, de valor bem mais baixo. Preso no último dia 4 de setembro, o homem era procurado pela polícia e Ministério Público de Alagoas. O caso foi apresentado na manhã desta quinta-feira (10), no Recife.

O suspeito vai responder por crime de exportação fraudulenta e evasão de divisas, além do crime de estelionato. Ele foi levado para o Centro de Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, Grande Recife, e deve ser encaminhado para o sistema prisional de Alagoas.

Segundo a polícia, o mineral, que não é radioativo e não absorve calor, é bastante valorizado no mercado, sendo importado por empresas que fabricam eletrônicos, por exemplo. O minério utilizado pelo estelionatário era retirado de uma mina no Rio Grande do Norte. O suspeito foi preso na casa onde vivia, em Bairro Novo, Olinda. Segundo a polícia, ele era alvo de um mandado de prisão preventiva, expedido pela 17ª Vara Criminal de Alagoas.

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Delegado Mauro Cabral

De acordo com a polícia, uma das vítimas do golpe foi uma italiana que veio investir no Brasil. Ela teve um prejuízo inicial de R$ 400 mil reais. Após a primeira parte do golpe, o suspeito apresentou à vítima um comparsa, que seria alguém que poderia ajudá-la a quitar as dívidas. Com o comparsa, ela perdeu mais R$ 2 milhões. Pouco tempo depois, o comparsa do suspeito foi preso, no estado de Alagoas, onde ele já era procurado por aplicar golpes (Preso em Maceió, estelionatário acusado de aplicar golpes milionários no país).

 Outra vítima do crime foi uma empresa exportadora da Costa Rica. Ao saber das reservas de tantalita no Brasil, a empresa veio ao país para buscar exportadores e fechar parcerias. O minério proveniente deste negócio seria vendido para empresas norte-americanas que fabricam tablets. O acordo foi fechado com o suspeito, que enviou uma remessa de 300 kg para os EUA. Os empresários verificaram o minério, que tinha um alto grau de pureza, e pediram outras remessas. No entanto, o estelionatário enviou remessas de resíduos. Com este golpe, o suspeito conseguiu R$ 2 milhões de dólares. O suspeito recebia o dinheiro em uma conta bancária da cidade de Miami, nos Estados Unidos.

Com os golpes, uma advogada aduaneira foi contratada pela empresa costa-riquenha. Ela denunciou o caso e os suspeitos da quadrilha começaram a ser investigados e procurados. De acordo com a polícia, outras três pessoas estão foragidas. O processo, que corre em segredo de Justiça, é movido pela Justiça de Alagoas.