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Mãe permitiu abuso de dois homens contra menina desde os 9 anos: “Ela queria namorar”

Reprodução / Rede Record

Mãe não impediu violência contra a filha: “Ela queria namorar”

A mãe de uma menor de idade abusada por ao menos dois homens em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, disse, após ser presa nesta quinta-feira (10), que as relações dos suspeitos com a filha foram consensuais. Os abusos começaram quando a garota, que hoje tem 13 anos, tinha apenas nove. Simone Clemente da Silva, de 30 anos, afirma que a criança sempre quis namorar com eles.

— Ela queria namorar com ele. Não ficou forçada, ela quis ficar. Primeiro ela ficou com um, terminou, e depois ficou com outro.

Na madrugada desta quinta, Simone, o padrasto da vítima e outros quatro homens, vizinhos da família, foram presos por abusar da vítima durante quatro anos.

Segundo investigações da delegacia da Posse (58ª DP), os abusos começaram quando o padrasto, Leonardo Esteves da Conceição, de 37 anos, ofereceu cocaína à menina. Segundo o titular Paulo Roberto de Lima Freitas, a mãe concordou com a conduta de Leonardo.

— A mãe dela ficou sabendo da conduta. Não reprimiu e concordou com a oferta dele de entregá-la à prostituição para aumentar os rendimentos da família.

Na delegacia, apenas dois homens confirmaram que tiveram relações com a menina. Um deles afirmou que pediu permissão para a mãe da vítima. Outros dois negaram qualquer envolvimento com a menina. Leonardo também afirma que nunca fez nada contra a enteada. Outro homem, identificado como Marcelo, afirmou ter pedido autorização, inclusive, para morar com a garota.

— Conversei com a mãe dela, a mãe dela aceitou nosso namoro, também. Moramos por dois ou três meses juntos. Eu tenho 34 e ela tinha 12, eu acho, mas não lembro direito. Eu sei que errei, mas quando fui ver que tava errado (sic), era tarde demais.

Contra eles foram cumpridos mandados de prisão. Além de ser violentada sexualmente, a menina foi drogada diversas vezes, conforme apontou a investigação. A vítima está em um abrigo e aguarda na fila para ser adotada após a família perder o direito de criá-la.