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Correligionários de Luiz Pedro lotam Tribunal no 1º dia de julgamento

João Urtiga/Alagoas24horas

Devidamente uniformizados, correligionários pedem absolvição de Luiz Pedro

Eleito de dentro da carceragem da Polícia Civil, o ex-vereador, ex-deputado e ex-cabo da Polícia Militar de Alagoas, Luiz Pedro, voltou a mostrar sua força na manhã desta quarta-feira, dia 23, ao lotar o 2º salão do Tribunal do Júri, no Barro Duro. Uniformizados com camisetas com a foto do político, os moradores trazem os dizeres “fazer justiça não é condenar inocentes”. O julgamento atraiu dezenas de pessoas, obrigando algumas a permanecer do lado externo da sala.

No âmbito jurídico, o juiz John Silas, que preside o júri, aceitou o desmembramento do processo de Rogério Menezes Vasconcelos, representado pelo advogado Raimundo Palmeira. O juiz acatou o pedido da defesa e adiou o julgamento de Vasconcelos, que também figura como réu no processo, por ter conseguido intimá-lo.

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Auditório ficou lotado de pessoas que foram acompanhar o julgamento

Luiz Pedro senta no banco dos réus após ser denunciado pelo Ministério Público de ser o autor intelectual da morte do pedreiro Carlos Roberto Rocha Santos, morto em 2004 e cujo corpo jamais foi encontrado. A morte do servente e a elucidação do crime se tornou uma via-crúcis para o pai de Carlos, o servidor público Sebastião Rocha. Hoje, o depoimento do pai da vítima é um dos mais aguardados.

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Em conversa com a reportagem do Alagoas 24 horas, o irmão do servente, Carlo André, disse que mesmo após 11 anos a família espera a condenação de Luiz Pedro. “É de um valor imensurável para a família este julgamento, principalmente quando se trata de políticos. Só espero que seja feita a justiça”, defendeu.

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Carlos André, irmão de Carlos Roberto, disse que espera que seja feita justiça

A motivação para o assassinato de Carlos Roberto seria uma “faxina”, uma vez que o servente era dependente químico e residia é um dos residenciais construídos por Luiz Pedro. Em entrevista à imprensa, o advogado de Luiz Pedro, José Fragoso, disse que o julgamento tem motivação política.

A expectativa do juiz John Silas é de que o julgamento dure de dois a três dias. Os Conselhos de Sentença dos julgamentos anteriores sobre o caso acolheram a tese do MP e condenaram por homicídio qualificado Adézio Rodrigues Nogueira, Laércio Pereira de Barros, Náelson Osmar Vasconcelos de Melo e Leone Lima.

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Promotor Carlos Davi Lopes e Sebastião, pai de Carlos Roberto