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“Não vi minhas filhas crescerem, não posso voltar pro lugar onde nasci”, diz mulher de servente

Mulher de servente afirma ter reconhecido ‘capangas’ de Luiz Pedro

Jorão Urtiga/Alagoas24horas

Alessandra disse não ter dúvidas que assassinos trabalhavam para Luiz Pedro

Alessandra Cristina da Silva, mulher do servente Carlos Roberto Rocha Santos, assassinado em 2004, disse ter reconhecido os quatro funcionários de Luiz Pedro como sendo os homens que sequestraram o marido da sua residência no dia do crime. A família residia em uma das comunidades construídas por Luiz Pedro.

Segundo Alessandra, que prestou depoimento por videoconferência, Carlos Roberto era uma pessoal dócil, mas que havia se desentendido com Valter Paulo e Adézio, este último trabalhava como vigia comunitário para Luiz Pedro, durante o carnaval. A briga se deu porque Adézio teria tentado tomar um copo de cerveja de Carlos Roberto. A mulher apontou os quatro condenados como os autores do sequestro do marido e afirmou que todos trabalhavam para Luiz Pedro.

Em tom emocionado, Alessandra disse que deixou Maceió e que sequer pode ver as filhas crescerem, hoje com 15 e 10 anos. “Não vi as milhas filhas crescerem, não posso voltar para o lugar onde nasci, precisamos começar a fazer justiça”, pediu.

A defesa do Luiz Pedro, sob a responsabilidade do advogado José Fragoso, tentou desqualificar o depoimento afirmando que a testemunha se baseava em “rumores” para afirmar que o assassinos trabalhavam para o ex-vereador.