Netinho está novamente internado no Hospital Sírio-Libanês, no bairro da Bela Vista, região central de São Paulo. O próprio cantor contou em sua conta do Facebook na noite quarta-feira, 24, que se internou na unidade após sentir tontura, dor no pescoço e diplopia. Exames feitos durante a internação, contudo, fizeram os médicos descobrirem que o cantor não precisa mais da válvula instalada em seu cérebro. “Não serei mais um cantor valvulado (risos). Cada vez mais estou ficando como eu era. Em breve voltarei a dar meus saltos triplos carpados! Em algumas semanas voltarei aos shows”, comemorou Netinho. A luta de Netinho começou após sofrer um AVC em 2013.
Veja a declaração de Netinho na rede social. “Amigos, após as minhas primeiras duas semanas de trabalho quando fiz quatro shows, na semana seguinte senti um aumento na minha tontura, pescoço duro e um pouco de Diplopia (visão dupla). Vim aqui no Hospital Sírio Libanês fazer uma revisão. Tudo excelente com meus exames. Porém, olhem que maravilha, a equipe do Dr. Kalil está fazendo testes em mim pois suspeitam que meu corpo não precisa mais da válvula que instalaram no meu cérebro no ano passado. Vão retirá-la. Não serei mais um cantor valvulado, rsss… Cada vez mais estou ficando como eu era. Em breve voltarei a dar meus saltos triplos carpados! Em algumas semanas voltarei aos shows.”
Netinho participou recentemente do programa “Encontro com Fátima Bernardes” e cantou o sucesso “Milla”. Antes de se apresentar ele conversou com Fátima e falou como foi voltar aos palcos depois de dois anos afastado. “Foi maravilhoso. Durante os dois anos no hospital fiquei com muito tempo ocioso, então consegui refletir e entender o poder e o significado da palavra. Passei a estudar muito sobre física quântica e entendi que o ser humano, ainda bebê, já carrega todos os arquétipos do que ele vai ser quando crescer, está no DNA. É por isso que o meu novo CD se chama ‘DNA’. Minha voz está pequena ainda, fiquei tanto tempo no hospital sem falar e sem cantar, que ela está fraca. É um músculo e precisa de exercício, que é o que estou fazendo”, explicou.
Apesar da atitude positiva de agora, Netinho confessa que viveu momentos de desesperança. “Depois das duas primeiras cirurgias, quando já estava melhorando, comecei a piorar de novo, minha voz foi sumindo, aí parei de andar na praia, de me exercitar e entrei numa depressão profunda. Eu queria morrer”, falou.
Salvador (Foto: Felipe Souto Maior / Divulgação)
“Me levaram para o hospital e fiz uma terceira cirurgia no cérebro. Quando me disseram sobre a depressão, eu não aceitei. Nunca fiquei triste, sempre fui uma pessoa alegre e positiva. Só entendi quando uma amiga minha me explicou que eu não era depressivo, que estava com sintomas de depressão, e que o cérebro, como todos as outras partes do corpo, também pode ficar doente. Depois que entendi isso, comecei a aceitar e melhorar”, afirmou.
E deu um conselho: “No caso da depressão, só a própria pessoa pode sair dela aceitando ajuda. Tive sorte porque durante a segunda internação fui dado como morto porque não acordava depois da terceira cirurgia. Só acordei três dias depois. Eu pesava 90kg e, nessa época, cheguei a pesar 50kg”.
O baiano disse que hoje vê a vida de uma forma completamente diferente. “Em 2002, eu tinha tudo que o dinheiro pode comprar, fama e sucesso, mas não tinha nada. Não tinha tempo para ver a minha família, não vivia. Estava pálido e não tinha cor. Morava na Bahia e não tinha tempo para pegar sol. Aí parei um ano em meio para descansar. Em 2006, quando voltei, fiz essa tatuagem para simbolizar isso: ‘Nada como viver’. Depois de tudo o que eu passei, percebi que a fé e a ciência estão caminhando juntas como nunca antes. Tem que ter fé”, afirmou ele, que recentemente foi às lágrimas ao se apresentar no palco do Globo de Ouro, do canal Viva.