Maceió vira capital brasileira do Teatro de Objetos

DivulgaçãoDr. Bugiganga

Há algo de novo na paisagem da capital alagoana. Saca-rolhas gigantes bailam pelas ruas enquanto bacias, serras elétricas e até penicos dão o tom diferenciado à percussão. Tudo se mistura numa coreografia cujo propósito maior é despertar a curiosidade do público para uma forma bastante particular de expressão artística que aterrissará no estacionamento de Jaraguá, de 25 a 27 de setembro.

É o Festival Internacional de Teatro de Objetos (Fito), a ser realizado a partir das 16h, na sexta-feira, no sábado e no domingo. Todas as apresentações são de graça. O evento é patrocinado pelo Serviço Social da Indústria (SESI/AL) e tem o apoio cultural do Governo do Estado de Alagoas, da Prefeitura de Maceió e da Braskem.

Em cena, estarão companhias da Argentina, Alemanha, Espanha, Holanda, Itália, França e do Brasil (espetáculos de São Paulo, do Rio de Janeiro,  do Rio Grande do Sul, da Bahia e de Pernambuco). O Festival terá, ainda, apresentações do multiperformático Tom Zé e do percussionista Naná Vasconcelos.

Idealizado e com curadoria da diretora de criação Lina Rosa Vieira, o Fito teve a sua primeira edição em 2009, com a proposta de apresentar objetos, badulaques, bugigangas, quinquilharias como personagens de histórias inusitadas. De lá para cá, o Festival já foi visto por mais de 300 mil pessoas. Passou três vezes por Belo Horizonte, duas vezes por Campo Grande e pelo Recife, uma vez por Porto Alegre, Manaus, Santa Catarina, Brasília e Curitiba. No total, foram doze edições em oito capitais, todas elas gratuitas, com foco na democratização da cultura.

“Fito significa: olhar atentamente. É um convite para alimentar a nossa vocação natural e humana de enxergar as coisas de um jeito diferente. Com os olhos da fantasia e da criatividade”, observa Lina Rosa. A curadora observa que o intercâmbio com outras linguagens e formatos, sempre priorizando os objetos, é marca expressiva no Festival.

“Música, fotografia, performances, curtas-metragens e histórias curiosas de Alagoas contadas com objetos inusitados também enriquecem a diversidade cultural do Fito. Palavra que também quer dizer semente. Plantar a semente do Teatro de Objetos em Maceió, inclusive com as três oficinas voltadas para profissionais, será uma vivência inédita e muito curiosa”, detalha. “A ocupação dos espaços públicos pelo público e através da arte promete se tornar atrações surpreendentes. Saca-rolhas que rodam como bailarinas e um bailarino francês que dança com uma retroescavadeira são algumas dessas surpresas”, diz.

RECONHECIMENTO – Todo o cuidado com o qual o Festival é realizado redundou num reconhecimento muito especial: o da atriz francesa Katy Deville, uma das criadoras do conceito Teatro de Objetos como uma linguagem teatral.

Ela participará de uma das oficinas que o Fito oferecerá a profissionais do teatro. E já fez parte de algumas das edições passadas. “Foi como se eu reencontrasse algo que eu havia perdido: o sentido da festa e do compartilhamento. Essa ideia de teatro de objetos para todos é correta. É nossa convicção. Mas, até o presente momento, ninguém no mundo havia provado isso. E o Fito o fez”, atesta.

Além da qualidade dos espetáculos e das companhias que participam do evento, outro destaque importante do Fito é a sua produção extremamente criteriosa. O público acompanha apresentações numa estrutura particularmente projetada para o Festival. Ao mesmo tempo que reúne grandes performances num palco com altíssimo padrão de luz e de som, o evento também abre espaço para apresentações minimalistas que acontecem em pequenos espaços.  “Nossa busca é pelo envolvimento pleno da plateia”, reforça Lina Rosa.

Três salas com capacidade para duzentas pessoas e uma mini sala com cinquenta lugares, especialmente concebidas e montadas para receber peças do Teatro de Objetos, estarão devidamente climatizadas, sonorizadas e iluminadas para acolher os espetáculos nacionais e internacionais. Sempre com previsões para acessibilidade, contemplando pessoas com necessidades especiais, além de peças selecionadas para libras e audiodescrição. No espaço do Fito, haverá três bilheterias para a retirada dos ingressos de acesso às salas-teatro antes dos espetáculos. Para a mini sala serão distribuídas senhas.

Fonte: Assessoria

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