Categorias: Saúde

Assistente social faz apelo às famílias para que conversem sobre doação de órgãos

Ascom Santa Casa

Assistente social Ana Cláudia integra comissão interna de transplantes

Ao celebrar 27 anos do primeiro transplante de rim em Alagoas e em sintonia com a campanha Setembro Verde – de estímulo à doação de órgãos – especialistas alagoanos que trouxeram a técnica para o Estado fazem um alerta à sociedade. Enquanto as doações reduzem a cada ano, a fila de espera por um transplante só faz aumentar. Uma das explicações é a negativa das famílias em autorizar a doação.

“As pessoas devem deixar bem claro, ainda em vida, o seu desejo em ser doador de órgão. Isso é importante porque cabe à família autorizar ou não o transplante”, disse a assistente social Ana Cláudia de Jesus, representante da Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) da Santa Casa de Maceió.

“Mesmo se a pessoa declarar-se doadora, a família pode não autorizar o transplante, daí a importância das famílias conversarem sobre o tema”, alerta Ana Cláudia.

Entre as principais alegações das famílias para negar a doação de órgãos estão questões como o desejo de manter a integridade do corpo do falecido; a negativa do ente querido, em vida, em relação a doação ou mesmo o desconhecimento da família se esse era a sua vontade. Outro ponto é a não compreensão sobre os critérios para diagnóstico da morte encefálica, o que deixa na família a sensação de que o paciente pode voltar a qualquer momento, o que não ocorre uma vez que a morte encefálica elimina qualquer possibilidade de sair do coma.