Estudo revela que o investimento em filhas e filhos varia de acordo com a percepção dos pais em relação à economia.
Em tempos econômicos difíceis, os pais favorecem financeiramente as filhas em vez dos filhos. Isso é o que mostra um estudo da Universidade de Minnesota. As meninas receberam preferência na matrícula em programas de benefícios, no recebimento de títulos de ações do tesouro e na divisão dos bens de ativos para descendentes.
“Quase todos os pais dizem que não favorecem um dos filhos, mas as recessões econômicas subconscientemente levam os pais a preferir as meninas aos meninos”, disse Kristina Durante, principal autora do estudo.
O experimento foi assim: 629 participantes liam uma notícia que descrevia a economia em três situações – melhorando, piorando ou neutra. Em seguida, eles eram convidados a redigir um testamento dividindo seus bens entre um filho ou uma filha.
Aqueles que leram notícias negativas sobre a economia, destinaram cerca de 60% dos seus recursos para a menina. Em condições econômicas estáveis, a divisão entre os dois filhos ficou equilibrada.
“Estes resultados nos seres humanos está alinhado com o comportamento de outros animais”, afirma Vladas Griskevicius, outro integrante da pesquisa. “Quando os recursos são escassos, os pais preferem as fêmeas, porque eles têm uma recompensa reprodutiva maior. Quase todas as crianças do sexo feminino vão produzir alguns descendentes.”
Na história, também foi assim
Para contextualizar os resultados, os pesquisadores examinaram a relação entre o PIB americano e os gastos com meninos e meninas, entre 1984 e 2011. Eles descobriram que, quando a economia estava mal, a proporção de gastos com meninas aumentava 20% por cento em comparação aos tempos de fartura.