Por unanimidade, os deputados aprovaram, em primeira discussão, o Projeto de Lei 60/2015, de autoria do deputado Dudu Hollanda (PSD), que reconhece a vaquejada como atividade esportiva no âmbito de Alagoas. A matéria ainda será apreciada e votada em segunda discussão.
Antes de ser aprovado, o projeto chegou a ser questionado pelo deputado pastor João Luiz, que pediu explicações sobre a prática, alegando não conhecer o projeto, mas acabou votando a favor após os esclarecimentos dos colegas.
“Não conheço vaquejada, não acho que seja atividade esportiva. Quando morava em Santa Catarina participei da luta contra a festa do boi, combatida por várias entidades. Aqui o Estado baniu circos que utilizavam animais em apresentações e temos trabalhado arduamente em projetos de lei que auxiliem o trabalho desenvolvido em prol dos animais de rua”, disse o deputado, que justificou o pedido de esclarecimentos, mostrando preocupação com maus-tratos aos animais.
O deputado Dudu Albuquerque, autor da matéria e praticante da Vaquejada, defendeu o projeto e justificou o pedido.
“A vaquejada é um esporte genuinamente brasileiro, praticada há muitos nãos no Nordeste brasileiro e, hoje, em vários outros Estados. Já é tida como esporte em vários estados. Aqui nós temos uma associação, fazemos competições, tem ranking de pontuação. Eu sou praticante, assim como muitos colegas deputados e a gente quer um reconhecimento, para que o campeonato seja regulamentado como esporte”, explicou Dudu.
O projeto também foi defendido pelos deputados Tarcizo Freire (PSD), Antônio Albuquerque (PRTB) e Francisco Tenório (PMN).
“A vaquejada não só é um esporte, como uma atividade econômica, que gera muitos empregos. O Brasil exporta cavalos. Se hoje dissessem que acabaria a vaquejada, isso traria um prejuízo grande, principalmente para o Nordeste. Os animais são muito bem tratados”, argumentou Tenório.
“O meu questionamento, eu repito, foi porque não conheço a vaquejada. Mas diante dos depoimentos dos deputados, eu me rendo. Tenho que confiar nos meus amigos”, finalizou pastor João Luiz.