O Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região (TRT/AL) constituiu uma comissão de sindicância para apurar os fatos que envolvem um técnico judiciário dos seus quadros em fraudes em concurso público. O servidor foi um dos presos na última quarta-feira (21/10), pela Polícia Federal (PF), durante a “Operação Afronta”, que cumpriu 14 mandados de prisão em São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Alagoas e Rondônia.
A sindicância terá como base informações divulgadas pela imprensa, já que oficialmente o Tribunal ainda não foi notificado do caso. Segundo o presidente do TRT/AL, desembargador Pedro Inácio da Silva, o Tribunal entrou em contato com o delegado responsável pelo caso e se colocou à disposição para colaborar com as investigações. Além disso, solicitará, por meio de ofício, o compartilhamento de informações necessárias à instrução do processo administrativo.
Atuação da quadrilha
Segundo a PF, o grupo agia há pelo menos quatro anos. Em caso de condenação, os criminosos poderão pegar pena de quatro anos de reclusão e ainda ter de responder por formação de quadrilha. Os candidatos envolvidos serão submetidos a análise de cada caso. Victor Rodrigues Alves afirmou que não há ligação com os organizadores do concurso público ou com os tribunais.
A descoberta da fraude ocorreu após o Tribunal Regional Federal da 3ª Região suspeitar da semelhança do texto discursivo da prova de candidatos da cidade de Sorocaba, que disputaram vagas para os cargos de analista judiciário e técnico judiciário.
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