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“Eles procuraram o pó”, diz secretário sobre morte de acusados de matar PMs

O secretário de Segurança Pública, Alfredo Gaspar de Mendonça, voltou a defender a atuação da polícia alagoana. Em seu pronunciamento durante audiência pública na Câmara de Maceió, na manhã desta segunda, 25, Gaspar disse que quem vai dar o ‘tom’ não é a polícia. “Eu trago da forma que eles escolherem, se estivessem desarmados e rendidos estariam presos. Eles procuraram o pó”, disse o secretário sobre a morte dos quatro acusados de matar os policiais no Barro Duro.

Além de ressaltar os investimentos realizados em todas as áreas, o secretário disse que o grande diferencial da sua gestão é o reconhecimento ao policial alagoano. “Eu quero que um policial meu, seja da Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros ou Perícia Oficial saiba que nós agradecemos pelos serviços prestados. Nossos policiais são agradecidos todos os dias e não abro mão”, defendeu.

O chefe da Secretaria de Segurança avaliou que o policial é a parte mais frágil da segurança, sempre alvo dos discursos fáceis e da execração pública. O gestor defende que nenhum policial seja execrado antes da finalização do processo legal. “Policial não precisa ser exibido como exemplo de corte na própria carne”.

Alfredo Gaspar ainda chamou de ‘tolo’ que afirmou que os policiais Alison Ferreira do Nascimento, 33, e Anderson Marques Passos, 31 estavam infiltrados. Segundo o chefe da segurança, “não existe nenhum policial infiltrado em Alagoas, porque eu não permito”. Os militares teriam descido a Grota São Luiz com o objetivo de pegar o número de uma casa para o delegado representar com mandado judicial. O objetivo era evitar o tão questionado ‘pé na porta’.

Ainda sobre a morte dos policiais militares, Alfredo Gaspar disse que foi para a linha de frente da investigação, “não para ser olho por olho, dente por dente, mas não sou hipócrita nem covarde e entre o meu policial e o criminoso, estou ao lado do meu policial”.

O gestor destacou a redução nos índices de crimes contra a vida, o incremento no número de resolução de inquéritos policiais que demonstra que a Segurança Pública não trata os casos de forma desigual. Alfredo Gaspar, entretanto, disse que a polícia sozinha não vai vencer a violência.