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Lima Duarte avalia ‘I Love Paraisópolis’: ‘Malhação para favelados’

Nos bastidores da novela das sete da Globo, veterano falou sobre aposentadoria: 'Não quero que essa seja minha última, né?'

Globo/João Miguel Júnior

Caio Castro e Lima Duarte em cena da novela “I Love Paraisópolis”

Inicialmente, Lima Duarte faria apenas uma participação de apenas três dias em “I Love Paraisópolis” como Dom Peppino, o mafioso que Mari (Bruna Marquezine) e Danda (Tatá Werneck) conheceram em Nova York. O traficante Grego (Caio Castro), no entanto, caiu nas graças do público e não virou o grande vilão previsto. Sem antagonista na história, Dom Peppino voltou à trama para fazer as maldades.

“Caí meio de paraquedas. Talvez tenha ficado meio outsider porque não conheço bem os personagens nem a história. Também acho que ficou fora da impostação da novela, sinto isso. Mas, como ficaram contentes, vou gravando”, diz Lima, aos 85 anos, no intervalo de uma gravação do folhetim das sete da Globo acompanhada pelo EGO.

“Estou fora da curva porque faço uma composição, com tiques e sotaque. O Dom Peppino é um velho trêmulo”, completa o ator, ressaltando também a diferença de idade que possui para boa parte de seus colegas de trabalho.

“O elenco é quase todo jovem. Costumo dizer que a moçada é meio ‘Malhação para favelados’ (risos). Mas acho ótimo! Os atores são bons, há interpretações lindas. Acho, aliás, que as interpretações são melhores que a própria novela. O Caio (Castro) criou um personagem muito interessante. A Ximena (Carol Abras) também e a Tatá (Werneck) é uma delícia”, elogia ele, que já admitiu não entender nada o que a atriz diz em cena.

‘Muitas vezes já pensei em parar’
Com “I Love Paraisópolis” entrando na reta final – a novela acaba no dia 6 de novembro -, Lima ainda não sabe qual será o desfecho de seu personagem, mas dá uma sugestão. “Para mim, ele casava com uma dessas meninas e morria na noite de núpcias! Já pensou? Dom Pepino morreu por causa do próprio”, diz, gargalhando.

Após as gravações, ele voltará para seu sítio localizado no interior de São Paulo, mas isso não quer dizer que vai se aposentar. “A gente trabalha muito, grava das 7h às 19h. Muitas vezes já pensei em parar, não preciso mais disso… Mas não quero que minha última novela seja ‘Paraisópolis’, né? Vou pensar numa outra, espero que haja uma outra. Nessa fui bem, todo mundo gostou, mas agora vou para meu sítio esperar outra oportunidade”.