“Coitado do sapatêro/Qui veve lambendo sola/Sentindo o chero de cola/Trabaiando o dia inteiro/Di dia num tem dinhêro/Mode comprá a cumida/E na hora da drumida/Sua muié chama nome/Os fios chora cum fome/Tudo é disgosto na vida”.
Após passar 58 dias internado, o patrimônio vivo da cultura alagoana, o poeta e mestre Antonio Aurélio de Moares,88, o Tonho Lambe-Sola, morreu na noite desta segunda-feira, dia 2. O poeta nasceu em 27 de setembro de 1927 em Atalaia e logo após migrou para a cidade de Viçosa, ambas cidades na zona da mata alagoana.
Tonho Lambe-Sola era patrimônio cultural alagoano e entre as várias homenagens que recebeu, o Grupo Teatral Joana Guajuru apresentou uma montagem de um espetáculo com o título “Versos de um Lambe-Sola”.
Amigos do poeta informaram ao Alagoas 24 horas que ele teve uma infecção generalizada após passar 58 dias internado no Hospital Geral do Estado (HGE) em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). A família ainda não divulgou onde será o sepultamento do poeta.