Um quati capturado indevidamente passou por cirurgia para tratar de ferimentos causados por maus tratos. O atendimento foi realizado pela equipe de Gestão de Fauna do Instituto do Meio Ambiente (IMA), que tem realizado trabalhos constantes no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
As imagens, realizadas nesta terça-feira (10), mostram que o local onde foi feita a intervenção já está cicatrizado e o animal se recupera bem. Segundo Epitácio Correia, consultor ambiental do IMA, os ferimentos foram causados porque o quati estava amarrado com um fio que causou uma lesão profunda, “com cerca de três a quatro centímetros”.
Foi feita uma sutura para fechar o ferimento e “agora ele está em processo de reabilitação. Em seguida deve passar por uma adaptação para depois ser solto em área de preservação ou levado para um criatório de animais silvestres, autorizado”, comentou Epitácio.
Após receber denúncias de maus tratos a animais silvestres as equipes da Gestão de Fauna e de Monitoramento e Fiscalização do IMA, além de policiais do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), estiveram, no dia 22 de novembro, em União dos Palmares para averiguar a situação.
No local havia quatro veados-catingueiros e oito porcos catetos que levaram o Ibama a autuar o proprietário em junho desse ano. O quati estava amarrado de modo inapropriado. Além disso, o local funcionava sem licença ambiental e lançava os efluentes sem tratamento, e de modo irregular, no ambiente.
O proprietário do empreendimento foi autuado em flagrante e levado para a delegacia, por policiais do BPA, onde foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência.
A equipe de Gestão de Fauna do IMA utiliza o Cetas, através de uma parceria firmada com o Ibama para transferência de conhecimentos e utilização do espaço, para atender animais apreendidos, principalmente aqueles que precisam passar por algum tipo de atendimento e recuperação.