Ainda não se sabe se a aeronave explodiu no ar ou no contato com o solo. Mas o acidente teve proporções tão grandes que os corpos ficaram totalmente carbonizados, conta o sargento Rodrigo Prudente, do Corpo de Bombeiros de Catalão (GO).
Além dos dois tripulantes, que até a publicação desta reportagem não tiveram os nomes divulgados, morreram no acidente Lúcio Flávio de Oliveira, presidente da Bradesco Vida e Previdência, e Marco Antônio Rossi, presidente da Bradesco Seguro. O jato (modelo Citation VII e prefixo PTWQH) está registrado em nome do Bradesco, conforme mostra o site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O avião, que viajaria de Brasília para São Paulo, perdeu contato com os radares às 19h04, segundo a Força Aérea Brasileira (FAB). Os bombeiros foram acionados às 19h45. Cinco viaturas de Catalão, a cidade mais próxima de Guarda-Mor (a 409 km de Belo Horizonte) em condições de fazer o resgate, foram até o local.e chegaram à propriedade rural onde o jato se espatifou por volta das 20h40. Ainda havia fogo na área, que foi controlado sem muita dificuldade.
A Polícia Militar mineira chegou logo depois e toda a área foi isolada. Com a falta de luz natural e a dificuldade de trabalho, os bombeiros deixaram o local pouco depois da meia-noite. A previsão é que Polícia Técnica de Minas volte à fazenda onde estão os destroços do jato assim que o dia amanhecer.
Ainda segundo o sargento Prudente, os destroços do jato ficaram espalhados por uma grande área. Com o impacto, abriu-se uma cratera de 12 metros de diâmetro e entre 5 e 6 metros de profundidade. Cerca de um terço da aeronave ficou quase intacta. O restante ficou muito fragmentado. “As partes do avião eram muito pequenas. Isso dificultou os trabalhos e não foi possível identificar partes dos corpos. Tudo ficou queimado”, relata.