Mais uma ação da Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (FPI do São Francisco) resultou, nesta terça-feira, 24, na apreensão de 21 canários belgas. Os pássaros foram encontrados em condição de maus tratos dentro de uma escola abandonada, em Palmeira dos Índios.
De acordo com o Ministério Público Estadual, os técnicos realizavam uma ação de resgate resgate de animais silvestres em cativeiros quando encontraram os pássaros na Escola Internacional Rotary Clube, na Rua Dom Otávio Aguiar, bairro Ribeira. Acredita-se que o local funcionava como rinha de canários.
Além dos 21 pássaros, foram resgatados dois cães filhotes no local. “Apesar de exóticos, os pássaros estavam em condições de maus tratos e viviam em condições inadequadas de higiene. Se nada fosse feito, um dos cães poderia morrer em poucos dias”, constata o médico-veterinário Isaac Albuquerque, professor convidado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), ao lado do médico veterinário Epitácio Farias.
Segundo o tenente, Wenderson Viana, do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), a situação encontrada configura crime que contraria os artigos 29 e 32 da Lei de Crimes Ambientais, por ter em cativeiro animal silvestre e maus tratos respectivamente. “No local não foi encontrado nenhum responsável. Os animais foram encaminhados ao Centro de Triagem Provisório de Animais Silvestres da FPI para receberem os cuidados necessários”, disse o militar.
Novo recorde
Restando pouco mais de três dias de fiscalização preventiva integrada, a equipe fauna já comemora o novo recorde de animais resgatados entre as quatro edições da FPI do São Francisco. Os 378 animais entregues voluntariamente ou apreendidos nesta segunda-feira fez com que o número referente ao resgate chegasse a 2.205 espécimes.
Entre eles galos da campina, azulão, canários da terra, jesus-meu-deus, papa capins, curiós, caboclinhos, sete cores, pintassilgos, trinca Ferro, sabiás, ferreiro, extravagante, graúnas, cravinas, coleirinha, sanhaço, cardeal, periquitos da caatinga, asa branca e outros.
Além do CBHSF e do BPA, a equipe é composta por representantes do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), da Polícia Rodoviária Federal, do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), da Secretaria de Estado de Saúde e do Instituto de Proteção ao Meio Ambiente (IPMA).