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Semana da Conciliação em Alagoas é estendida até o dia 4 de dezembro

Atividades seguem em todo o país até esta sexta (27); índice de acordo nos três primeiros dias é de 70%, informa o juiz Odilon Marques

Audiência sobre pensão alimentícia, durante a Semana da Conciliação em Maceió. Foto: Caio Loureiro.
A 10ª Semana Nacional da Conciliação terá suas atividades estendidas até o dia 4 de dezembro, informa o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do Judiciário alagoano (NJUS), coordenado pelo desembargador Domingos de Araújo Neto. A ação teve início na última segunda-feira (23), no Fórum da Capital, no Barro Duro.

De acordo com o juiz Odilon Marques Luz, que está à frente dos trabalhos, a força-tarefa deve realizar 1.310 audiências em Maceió, sendo 950 pautadas até esta sexta-feira (27), das 8h às 12h e das 13h00 às 17h30, conforme previsto anteriormente, e mais 360 para a próxima semana, das 13h30 às 17h30. Os processos são referentes a conflitos familiares e revisão de contratos.

Ainda segundo o magistrado, entre 570 audiências pautadas para os três primeiros dias do mutirão, em mais de 70% delas houve acordo. Para o juiz, isso se deve à consciência que os jurisdicionados tem desenvolvido sobre a importância de conciliar.

“A conciliação é a grande saída para o Poder Judiciário no que se refere à celeridade na solução de conflitos. Além disso, o ganho não é só da Justiça, mas, sobretudo, das partes, que tem seus conflitos resolvidos em uma única audiência”, ressaltou. Odilon Marques também coordena o CJUS Processual do Fórum (Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania), onde as negociações estão sendo feitas.

Semana Nacional da Conciliação

A ação acontece anualmente em todo país por orientação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Foi criada pelo CNJ em 2006, como forma de mobilizar os tribunais e de chamar a atenção da sociedade para as vantagens da desjudicialização, considerando o crescimento exponencial de processos, que hoje chega a 70 milhões em tramitação no país.

De acordo com o CNJ, desde o início do projeto, já foram contabilizadas mais de 2,5 milhões de audiências e 1,2 milhões de acordos, que resolveram demandas referentes a R$ 7,5 bilhões (o ano de 2006 não está incluído neste montante, porque não houve contabilização).