Problemas foram apontados em relatório do Corpo de Bombeiros após incêndios
Distância ente banca de revista e poste atrapalhou a passagem do caminhão tanque
Diversos órgãos, das esferas municipal e estadual, realizaram uma vistoria no calçadão do comércio, na tarde desta quarta-feira (02,) para verificar as dificuldades encontradas pelo Corpo de Bombeiros durante o trabalho de combate ao incêndio na loja de aviamentos, no dia 13 de novembro. Os pontos críticos foram listados em um relatório entregue à Defesa Civil Municipal.
Antes da reunião, representantes da Aliança Comercial, Eletrobras, Defesa Civil Municipal, SMCCU, do Corpo de Bombeiros, Casal, SMTT, SIMA, Seminfra, Câmara Municipal, participaram de uma reunião, no auditório da Aliança Comercial, onde discutiram todos os problemas relacionados ao Centro de Maceió.
No relatório entregue à Defesa Civil Municipal, o Corpo de Bombeiros relacionou todas as dificuldades encontradas pelas equipes durante o incêndio do dia 13 de novembro, como: acesso ao calçadão, causada pelos piquetes fixos que impedem o acesso de veículos; hidrantes sem água ou com falta de manutenção, com apenas quatro, dos nove existentes em funcionamento; rede elétrica e fios de internet e telefone, que em alguns pontos impediram a subida da escada elevatória para o combate de incêndio; posicionamento de bancas de revistas, bancos, postes e outros obstáculos, que impedem a passagem das viaturas em vários pontos do calçadão, além do piso do calçadão, que não suporta o peso dos caminhões; entre outras coisas.
De posse das informações, a comissão seguiu para o Calçadão do Comércio, onde verificarou, in loco, cada problema relatado. “Em cada local apontado pelo Corpo de Bombeiros, os órgãos responsáveis vão anotar suas demandas e montra um cronograma de ação para resolver”, explicou o coordenador da Defesa Civil de Maceió.
O cronograma de ações, com prazos e soluções deverá ser apresentado por todos os órgãos numa reunião na próxima quarta-feira (09), às 11h, na SMCCU.
Manutenção de Hidrantes
Piquetes tiveram que ser retirados para desobstruir acesso ao calçadão
Uma das principais reclamações do Corpo de Bombeiros após o incêndio nas lojas do centro foi com relação aos hidrantes, o que dificultou o trabalho e contenção das chamas.
De acordo com o coronel Marcilio Alves, comandante operacional da capital, dos nove hidrantes instalados no Centro, apenas quatro estão em funcionamento. Os demais precisam de manutenção, ou não possuem água.
O problema também foi apontado no relatório, entretanto, durante a reunião, o representante da Casal, Roberto Lôbo, informou que os hidrantes são de uso e responsabilidade exclusiva do Corpo de Bombeiros e que a Companhia só realiza algum tipo de trabalho mediante solicitação.
“Nós tem temos hidrantes para instalar. Para nós foi uma surpresa saber que não tinha água em alguns porque nós não fazemos este tipo de manutenção. Mas diante dos últimos fatos ocorridos, vamos avaliar os que estão sem água e vamos precisar de um tempo para avaliar, cavar e investigar o motivo de não terem água. Não temos como precisar um prazo para a resolução de todos eles”, explicou.
Alvarás e licenciamentos
Também durante a reunião, a representante da SMCCU, Sandra Lobo, falou sobre a falta de alvarás de funcionamento das lojas do centro. Segundo ela, as lojas novas conseguem solicitar de forma online. Entretanto, como as lojas do centro são muito antigas, o processo deve ser feito na sede do órgão e ser renovado anualmente.
“O que acontece é que muitos empresários acham que o documento da taxa de funcionamento do estabelecimento é o alvará. Muitas vezes isso acontece por falta e informação”, explicou.
Representando a Câmara Municipal, o vereador Chico Filho defendeu os comerciantes alegando a burocracia do trâmite e também a falta de informação. Para tentar regularizar a situação dos comerciantes, o vereador sugeriu que fosse feita uma campanha educativa, para que os empresários tomem conhecimento de toda a documentação necessária, com a participação de todos os órgãos responsáveis. Após isso, seria estabelecido um mês para que os bombeiros façam todas as vistorias necessárias para a solicitação dos alvarás e licenciamentos.
A Aliança Comercial também disse que vai produzir uma cartilha explicativa, como todo o trâmite e todas as informações necessárias, que será entregue aos comerciantes do centro.
Antes da vistoria, Defesa Civil apresentou lista de problemas