Como esperado, Ministro da Integração Nacional também questiona decisão de Cunha e cita ausência de elementos jurídicos.
Com a autorização de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, na última quarta-feira (02), o posicionamento do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB), continua a ser duramente questionado por aliados da presidente e seus ministros.
Em Maceió, na manhã desta sexta-feira (04), para o lançamento do Programa Ação nas Grotas, na Pitanguinha, o ministro Gilberto Occhi, do Ministério da Integração Nacional, voltou a questionar a legitimidade da decisão.
Para Occhi, a aprovação do requerimento é visto pelo governo como uma manobra política que busca beneficiar o PMDB, enquanto isso, o governo federal busca a anulação do processo que pode afastar a presidente do cargo por um prazo de 180 dias. “Pela legislação brasileira isso é possível, mas o Cunha precisa ter o fato jurídico para que haja efetivamente a abertura desse processo e isso, no meu entendimento e também no entendimento do governo, nunca existiu”, destaca o ministro.
Ainda nessa quinta-feira (03), a presidente Dilma Rousseff deu início a um processo de anulação da decisão tomada pela Câmara Federal. O documento foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e utilizava com argumento o possível abuso de poder cometido por Cunha. O pedido, porém, acabou sendo rejeitado no mesmo dia segundo avaliação do ministro Gilmar Mendes. A ação foi proposta por parlamentares do PT e do PCdoB.