O início da sessão da Câmara que vai decidir quem serão os integrantes da comissão especial que vai analisar o impeachment da presidente Dilma Rousseff teve muita confusão. Além das já costumeiras discussões entre situação e oposição, houve empurra-empurra e algumas cabines montadas para a votação foram danificadas. A polícia parlamentar foi chamada, mas até agora não conseguiu acalmar os parlamentares.
Deputados de oposição e governistas chegaram a bater boca em Plenário durante a votação que está ocorrendo de forma secreta. As primeiras informações são de que parlamentares teriam quebrado máquinas de votação e apenas um das cabines está em funcionamento.
Os deputados de oposição defendem a votação secreta, enquanto os governistas querem o voto aberto e chegaram a recorrer ao Supremo Tribunal Federal para garantir a transparência do voto.
No entanto, ainda não há decisão para o mandado de segurança que foi distribuído para o ministro Edson Fachin.
Início da votação
Após tentativas de impedir a votação nas urnas dispostas em cabines de votação, líderes partidários governistas tentaram convencer o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, a suspender a votação da chapa para compor a comissão especial que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O número de cabines foi reduzido porque algumas foram quebradas durante o protesto.
Pouco antes, os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Paulo Pereira da Silva (SD-SP) discutiram e foram contidos por colegas. Apesar do tumulto, a votação continua nas cabines.
A comissão será formada por 65 integrantes, e as chapas devem ter o número mínimo de 33 integrantes.
As vagas não indicadas na chapa vencedora serão preenchidas posteriormente com candidaturas de deputados pertencentes ao partido ao qual cabe a vaga.
A chapa 1, que tem as indicações feitas pelos líderes da base governista, conta com 49 membros. A chapa 2, que foi formada, em sua maioria, por deputados que fazem oposição ao governo, tem 39 inscritos.