Criança que sobreviveu à violência reconheceu Daniel Galdino Dias, de 31 anos, e polícia diz estar satisfeita.
Depois de investigar a participação de pelo menos quatro pessoas no crime que vitimou uma família e deixou uma criança de 5 anos como única sobrevivente, em um sítio no bairro de Guaxuma, a Polícia Civil apresentou, nesta segunda-feira (14), uma reviravolta no caso e confirmou a participação de apenas uma pessoa: Daniel Galdino Dias, de 31 anos.
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De acordo com o delegado José Carlos dos Santos, que participou das investigações, a confirmação veio tardia por conta da mais importante testemunha ser também a única sobrevivente da chacina. Com apenas 5 anos, a criança teve acompanhamento psicológico e foi preparada, ao longo de várias semanas, para reconhecer os possíveis envolvidos.
“A criança precisou de um tempo para falar. Foram seis monitoramentos e em todos ela reconheceu o Daniel por diversas vezes, por foto e pessoalmente. Inclusive quando o seu visual estava diferente”, disse o delegado não demonstrando ter dúvidas quanto à autoria.
Ainda assim, outros dois acusados, Charly dos Santos e Jonathan “Bagre”, permanecem presos na polícia por outros homicídios. Ambos eram foragidos da Justiça e devem responder por crimes contra a vida cometidos também na região de Guaxuma. Já o caseiro da família e o irmão de Charly, Crhys Maycon dos Santos, foram liberados. Contra eles havia somente a suspeita e o pedido de prisão temporária.
Ainda segundo o delegado, o motivo que levou Daniel a ceifar a vida de quatro pessoas, duas crianças e os pais destas, foi a possível negociação de um barco entre uma das vítimas, Evaldo da Silva Santos, de 29 anos, e o irmão do algoz. “Daniel confirmou que havia essa negociação e demonstrou interesse nela. Por isso no dia do crime ele chamou o Evaldo da Silva para conversar e resolveu assassinar ele e toda a sua família”, afirma José Carlos.
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Preso há quase 10 dias, Daniel Galdino foi incluído no inquérito finalizado pela Polícia Civil e que também foi enviado ao Ministério Público do Estado para dar seguimento na Justiça. “Não temos dúvida alguma que Daniel praticou o crime sozinho. Existem laudos também que provam que a vítima e algoz se conheciam, já que uma das lesões de defesa foi no pescoço, por trás e ninguém dá as costas para o inimigo”, diz o também delegado Cícero Lima, coordenador da Delegacia de Homicídios da Capital.
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